A equipe médica do Hospital São Luiz deu alta a sete pacientes na tarde desta terça-feira, em Mossoró-RN. A informação foi confirmada pela Coordenadora de Enfermagem Alexcia Morais, que enfatizou a alegria de toda a equipe com a superação dos pacientes a covid19.
A enfermeira Alexcia Morais destacou que os pacientes, em sua grande maioria com mais de 60 anos, alguns já vacinados, receberam os cuidados médicos na UTI e enfermaria. Passaram por cateter nasal e máscara de oxigênio, além da medicação prevista no protocolo covid19.
Quatro, dos sete pacientes residem em Mossoró, um é de Baraúna e dois são do município de Areia Branca. Um dos pacientes de Mossoró tem 70 anos e outro 64 anos. Já receberam, ao menos, uma dose da vacina contra a covid19. Os outros dois, um tem 42 e outro 43.
Seu Roberto Lino França, de 67 anos, deixou o hospital chorando. “Muito obrigado por tudo. Vocês são uma equipe maravilhosa, muito obrigado por tudo”, disse ao deixar a ala de enfermaria, aplaudido pelos servidores da unidade, amigos e familiares.
De Mossoró, Seu Hercules Amorim Mota, de 64 anos, passou 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva e 4 dias na unidade de enfermaria. Também saiu muito emocionado, sob os aplausos dos servidores do Hospital São Luiz, familiares e amigos na porta do hospital.
O São Luiz
A equipe do Hospital São Luiz já cuidou de mais de quase 1.700 pacientes covid19. Atualmente são 50 leitos de UTI instalados, sendo que 39 ocupados e 11 leitos bloqueados por falta de medicamentos no mercado que se possa comprar para tratar os pacientes.
A unidade está sob administração da direção geral da APAMIM, desde o dia 1o de maio de 2020, ou seja, a 1 ano e 4 dias. É custeado com recursos do Ministério da Saúde, com contra partida do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal de Mossoró.
Atualmente, a direção da APAMIM, devido a escassez de medicamentos como Propofol (sedativo) e Rocurônio (relaxante muscular), está sendo obrigada a bloquear leitos até que se consiga comprar estes medicamentos e ou o Governo Federal enviar.
A falta de medicamento se dá pelo fato de todas as UTIs covid19 do País estarem lotadas, todas consumindo altas doses de sedativos e relaxantes musculares. Para piorar o quadro, no dia 19 de março passado, o Governo Federal requereu toda a produção nacional de sedativos e relaxantes, assumindo, a partir daquele momento a obrigação de pegar estes medicamentos dos fabricantes e distribuir em todos os hospitais do País.
No entanto, estes medicamentos não estão chegando em quantidade para atender a demanda de consumo dos 50 pacientes em leito de UTI e outros 25 em leitos de enfermaria do Hospital São Luiz, em Mossoró, assim como no Hospital Maternidade Almeida Castro, também gerida pela APAMIM.
A escassez destes dois medicamentos fez os preços dispararem no mercado de forma absurda e criminosa com quem ainda tem estoque. Uma ampola de Propofol, que custava 5 reais em janeiro de 2021, hoje custa de 70 a 140 reais. E cada paciente intubado, em média, precisa de 20 ampolas de Propofol por dia. O preço do Rocurônio também subiu da mesma forma.