O conselho Regional de Medicina (CREMERN) realizou nesta quarta-feira, 19, mais uma inspeção no Hospital Maternidade Almeida Castro (HMAC), que é administrado por uma junta de intervenção judicial desde outubro de 2014, num processo movido pela entidade.
A missão do CREME foi composta pelos médicos Marcos Antônio Tavares Jácome da Costa Britto (presidente da entidade), Elio José Silveira da Silva Barreto, Francisco de Almeida Braga e Neuman Figueiredo de Macedo. Foram recebidos pelos colegas médicos Inavan Lopes e Manoel Nobre, além da diretora geral da instituição, Larizza Queiroz.
O HMAC é administrado pela APAMIM, foi usada por muitos anos para desvios de recursos públicos que deveria ter como destino o custeio do Hospital Maternidade Almeida Castro. É o que consta com provas no processo de intervenção judicial da entidade. O CREMERN argumentou a completa falta de estrutura para o exercício da medicina em 2014.
Na época, o Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia, fez busca em apreensão na entidade. O processo terminou nas três esferas, sendo unificado no dia 28 de setembro de 2016 num só processo na Justiça Federal. Com a decisão de 2014, uma junta de interventores foi nomeada para restaurar os serviços de obstetrícia e neonatologia da entidade.
O trabalho vem sendo acompanhado, desde então pelo CREMERN e várias outras entidades de fiscalização dos recursos públicos. Em todos os relatórios destas fiscalizações ficou comprovado, em relatório técnico, a correta aplicação dos recursos e o restabelecimento sistemático dos serviços, proporcionando assim salvar centenas de vidas.
O HMAC estava fechado em 2014 e atualmente, segundo Larizza Queiroz, tem mais de 200 leitos ativos, destacando que deste número 17 são leitos de UTI neonatal, 15 leitos de Berçário e 18 leitos de Canguru, que, com outros serviços agregados, atende a uma demanda de mais ou menos 1.800 bebês que nascem prematuros e com baixo peso ao ano.
Ainda conforme a diretora geral, o Hospital Maternidade Almeida Castro também é dotado de UTI adulto para os casos das mulheres que precisam de UTI durante gestão, parto ou pós-parto. E a missão dos médicos do CREMERN foi exatamente inspecionar os cuidados de alto risco, tanto para o beber como para as mães dos bebês. E o resultado deste trabalho
O presidente do CREMERN, Marcos Jácome, disse que cada vez que visita o HMAC, “observa melhorias. O nível da equipe profissional, realmente muito satisfatório, a assistência prestada a população nas áreas de obstetrícia e neonatologia sempre de um padrão de excelência”, diz.
“Então, ficamos muitos satisfeitos em verificar que a atenção dada por aqueles profissionais está sendo satisfatório a população”, acrescenta o presidente Marcos Jácome, lembrando que a intervenção judicial federal teve origem numa ação do CREMERN.
Destaca que esta é mais uma visita de uma série já realizada e que já deixou agendada um retorno para outra visita técnica ao HMAC. A diretora geral Larizza Queiroz disse que a instituição está sempre de portas abertas para receber os conselheiros do CREMERN, instituição que é autora da ação judicial que resultou na intervenção da APAMIM.