O Sindicato dos Servidores Públicos de Mossoró (SINDISERPUM) buscará em assembleia virtual nesta terça-feira (8) a possibilidade de uma parada de advertência. A presidente do sindicato, Elite Vieira, alega haver "falta de respeito" com o servidor e que "é preciso sair desta reunião com alguma coisa definida" com as demandas específicas não detalhadas no site do sindicato.
No segundo ano da pandemia, este é o primeiro onde os servidores municipais começaram a ter suas demandas atendidas. Até o ano passado, os salários estavam em atraso. O pagamento, em alguns casos, era feito sem o acréscimo das gratificações, gerando uma sensação de que estava sendo pago em dia. O Sindiserpum evita maiores confrontos com a ex-prefeita Rosalba Ciarlini, que não recebeu a categoria por três anos e não concedeu reajustes. Encerrou seu mandato sem qualquer proposta para os servidores municipais.
Em junho de 2020, o Sindiserpum publicou em seu site que a então prefeita pagaria os salários de maio até o dia 10 de junho, o que não ocorreu. Naquele momento, o sindicato alertou que os servidores estavam "angustiados". “É um sentimento de angústia ver a dor dos servidores públicos municipais que não fazem ideia do dia que receberá seu salário do mês de maio. Insensibilidade da gestão que não apresenta cronograma de pagamento para que os servidores tenham ao menos uma data para dizer aos seus credores. Lamentável que além da tensão com a pandemia os servidores públicos municipais de Mossoró passem por tipo de situação”, lamentou Elite Vieira, na ocasião.
Como afirmado, não exigiu muito. Bastaria, pelo menos, um cronograma de pagamento. Rosalba terminou seu mandato sem apresentar ao menos isso. O cronograma só viria na gestão seguinte, do prefeito Allyson Bezerra. Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Mossoró anunciou que, pelo segundo mês consecutivo em 2021, os servidores receberiam salário base e adicionais no mês trabalhado. Naquele momento, o município pagou a folha de fevereiro no dia 26 já em cumprimento ao calendário anual de pagamento, divulgado no dia 25 de janeiro.
O sindicato também argumentou que "diálogo sem ações concretas não resolve os muitos problemas dos servidores públicos municipais". No entanto, os diálogos, a atualização dos salários e o cronograma de pagamento são parte das ações concretas. Todos os adicionais dos servidores estão sendo pagos e tudo isso foi esclarerido os três encontros que os sindicalistas tiveram com o prefeito nos primeiros meses deste ano.
O prefeito Allyson Bezerra disse em entrevista que "sempre esteve aberto ao diálogo com o sindicato", o que ocorreu nas três ocasiões. Allyson, também ex-dirigente sindical, entende a necessidade destes encontros e dos acordos. O Sindiserpum, em meio à pandemia, está tendo a possibilidade de ver avançar suas principais mudanças, inclusive em encontros com os secretários nas mais diversas secretarias do Município.
"Temos conversado muito com o sindicato e atendido demandas mesmo com a queda de recursos e e em meio à pandemia, que impõe limitações", explicou o prefeito. Principalmente, quanto à lei 173, do ano passado, que estabelece o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus e impede realizar qualquer aumento de despesa com pessoal.