A apneia do sono é bem mais frequente do que se imagina. Estudos indicam que a condição afeta de 33 a 35% da população brasileira, sendo que muita gente nem desconfia que tem.
Também chamada de Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), essa doença crônica, evolutiva, é caracterizada pela obstrução parcial ou total das vias, causando paradas repetidas e temporárias da respiração enquanto a pessoa dorme.
''Esse distúrbio é bem comum de acontecer e começa, geralmente, quando o paciente ronca. Isso já significa que o espaço para respiração não está adequado. É um sinal de alerta. Existem momentos de paradas respiratórias, ou seja, o ar tem dificuldade de passar'', explica o otorrinolaringologista do Sistema Hapvida, Pedro Cavalcanti.
De acordo com o especialista, a anatomia do ser humano facilita o distúrbio por termos uma garganta estreita e um queixo mais projetado para trás em relação a outros animais.
Nesse caso, quando há o diagnóstico é necessário acompanhamento médico. Isso porque, ''além de prejudicar a oxigenação, as interrupções da respiração levam o indivíduo a despertar sem perceber diversas vezes durante a noite gerando cansaço'', esclarece o médico.
O profissional da saúde ainda enfatiza que existem pesquisas comprovando a relação da apneia do sono ao aumento do risco de hipertensão, diabetes, depressão, doença arterial coronariana e de morte por infarto ou derrame.
Ainda existem algumas que associam a falta de sono reparador à dificuldade para perder peso e até maior risco de AVC.
''Os sintomas mais comuns são ronco alto e frequente, engasgos durante o sono que fazem a pessoa acordar ou não ou sonolência e cansaço durante o dia'', afirma Cavalcanti.
A causa pode ser pela estrutura física ou por condições que afetam a saúde da pessoa. Com frequência, há mais de um fator de risco em jogo.
O ideal é que após identificação de algum sinal, como esses citados mais acima, seja procurado um médico para diagnóstico e prescrição de tratamento.