Nesta sexta-feira (9) acontece a primeira captação de órgão no ano de 2021 no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró,.
A captação está sendo realizada pela equipe da Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) e da Central de Transplantes do Rio Grande do Norte.
O doador é um jovem de 26 anos que teve morte cerebral detectada após um acidente de moto, na cidade de São Miguel, no Alto Oeste do RN.
O rapaz era natural do Ceará e morava atualmente em São Paulo. Ele veio visitar a família e acabou sofrendo o acidente.
Como havia externado em vida o desejo de ser um doador de órgãos, a família decidiu cumprir sua vontade e, apesar da dor deste momento, com este gesto de amor, vai ajudar a salvar três outras vidas.
Em uma única captação é possível realizar até 6 transplantes. Neste caso, em específico, serão captados os dois rins e o fígado. Estes órgãos serão enviados para os estados do Ceará e do Pernambuco, respectivamente.
Participam da captação Juliana Xavier (anestesiologista), Luís Felipe Antunes (cirurgião), José Lucena (urologista) e Mariana Consulim (Enfermeira).
Até a última atualização desta matéria, a cirurgia ainda estava sendo realizada.
IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Para realizar a captação de órgãos, após determinada a morte encefálica de um paciente, é necessária a autorização da família.
Para isto, é fundamental o trabalho da equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital Regional Tarcísio Maia (CIHDOTT-HRTM), coordenada pelo cardiologista Dr. Fernando Albuerne, e da qual fazem parte a enfermeira Mariana, além da Assistente Social Telma Belém e da psicóloga Simone Bento.
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Esta equipe é responsável pelo acolhimento à família, de uma forma humanizada, para saber se esta tem interesse em realizar a doação dos órgãos do seu familiar.
Telma Belém explicou a reportagem do MOSSORÓ HOJE que é um momento extremamente delicado, visto que são eles os responsáveis por dar a notícia sobre o falecimento e ao mesmo tempo fazer a pergunta sobre a doação, visto que o tempo é fundamental para salvar uma vida.
No caso da doação desta sexta-feira, Telma explica que o paciente já havia externado essa vontade à família.
“Por isso é importante que as pessoas conversem com seus familiares e falem que são doadores, para que seja menos doloroso para eles tomarem esta decisão em um momento em que já estão fragilizados”, explica.