26 ABR 2024 | ATUALIZADO 10:01
SAÚDE
03/08/2021 08:29
Atualizado
03/08/2021 08:29

Doença da urina preta: novos casos são diagnosticados no Brasil

A Dra. Ana Rachel Seni, infectologista do Sistema Hapvida, esclarece a relação entre a patologia e o consumo de peixe e crustáceos. “É uma enfermidade aguda, ou seja, acontece de forma repentina, e é manifestada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes e crustáceos, quando esses não são armazenados e preparados de forma adequada. A substância gera danos no sistema muscular e em órgãos como rins”. Entenda.
FOTO: REPRODUÇÃO

Muita gente que gosta de comer peixes e crustáceos anda preocupada com uma doença rara conhecida como patologia da "urina preta".

Denominada de Síndrome de Haff, esse quadro clínico tem sido registrado no Brasil e alguns casos foram relatados nos últimos anos. A Dra. Ana Rachel Seni, infectologista do Sistema Hapvida, esclarece sobre a causa.

“É uma enfermidade aguda, ou seja, acontece de forma repentina, e é manifestada por uma toxina que pode ser encontrada em determinados peixes e crustáceos, quando esses não são armazenados e preparados de forma adequada. A substância gera danos no sistema muscular e em órgãos como rins”, enfatiza a especialista.

A infectologista continua explicando que “a urina preta é efeito da destruição importante das células musculares e a liberação de uma proteína presente nos músculos chamada mioglobina, que tem coloração escura. Essa mioglobina é filtrada pelos rins e, por isso, o xixi fica nessa coloração escura”.

De acordo com a médica, os sintomas aparecem geralmente em no máximo 24 horas, após a ingestão dos alimentos contaminados.

“O paciente pode sentir dores musculares intensas, fraqueza, dificuldade para andar, falta de ar e como há sobrecarga dos rins, pode ter insuficiência renal. Inclusive, não há nenhum tratamento específico para Síndrome de Haff, e, em casos de infecção, são tratados os sintomas com analgésicos para a dor muscular intensa e tratamento da insuficiência renal com hidratação, diuréticos e até hemodiálise, quando a doença estiver mais grave”, disse.


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