Nessa segunda-feira (27), se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos, o objetivo data é ajudar milhares de pessoas que aguardam na fila de transplante. No Brasil, cerca de 34 mil pessoas estão esperando por um órgão.
Em Mossoró, a reativação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), possibilitou que vidas fossem salvas por famílias que, mesmo no momento de dor, tiveram a solidariedade de fazer a doação de órgãos para transplante.
Segundo o Diretor do Cihdott, Dr. Fernando Albuerne, a comissão foi reativada em 2015, e somente este ano, já foram realizadas quatro captações.
“Essa comissão ela foi reativada em 2015, quando o doutor Jarbas Mariano era Diretor do Tarcísio Maia ele solicitou e nós então demos seguimento a reativação dessa comissão e desde então, estamos trabalhando, e com a ajuda das famílias que autorizam, estamos dando continuidade a esse tão importante trabalho”, comenta.
Doutor Fernando ressalta que a captação segue um rigoroso protocolo com avaliação de diferentes equipes e com o auxílio de exames complementares. A partir dessa confirmação, então se chama a família para falar sobre a doação.
“Nós seguimos um rigoroso protocolo, quando constatamos uma condição em que o indivíduo entra em um coma irreversível é feito então esse protocolo com avaliações com equipes diferentes, são três avaliações, usa-se também exames complementares como por exemplo o eletroencefalograma, cujo objetivo é realmente confirmar a morte encefálica, e só a partir dessa confirmação, então se chama a família, nós chamamos de entrevista familiar onde a equipe do Cihdott se reúne e vai explicar o caso a família e só nesse momento, se fala na questão de doação de órgãos, que é exclusividade da família, é a família quem determina se vai ou não doar”, explica.
No HRTM este ano, já foram realizadas quatro captações de órgãos, entre eles córneas, fígado, rins e coração que salvaram a vida de pessoas que aguardam na fila para transplante em todo Brasil.
De acordo com o diretor do Cihdott, atualmente no Brasil, a família é quem autoriza a doação, “Se a família for solidária então é feita a captação, caso não autorize, não se mexe de forma nenhuma no paciente. O paciente precisa deixar expresso a família que deseja ser doador, essa questão de se ter documento que diz que é doador, se é de cartório, isso não está em vigor, somente a família é quem pode realmente autorizar”, destaca Dr. Fernando lembrando que também se pode fazer a doação em vida.
“Lembrando que você também pode ser doador em vida, por exemplo, o rim você pode doar, depende somente da compatibilidade assim como o sangue, a doação de sangue que é um grande órgão, também se pode fazer a doação em vida, e assim ajudar a salvar vida de outras pessoas”, frisa.
Dr. Fernando comemora as captações feitas no HRTM mas chama a atenção para que as pessoas se tornem doadores.
“Pedimos que haja mais conscientização, porque nós temos mais de trinta mil pessoas em fila de transplantes no Brasil, então fica aqui a mensagem de reflexão, para que todos possam dizer a família que são doadores, entendendo a a importância desse tema e principalmente da doação”, finaliza.