O grupo Salinor/Navenor e Intermarítima (Consórcio Intersal) arrendaram o Porto Ilha de Areia Branca com um lance de outorga de R$ 100 mil e assumindo o compromisso de investir R$ 165 milhões na estruturação e ampliação da estrutura do porto nos próximos 25 anos.
O edital do processo de arrendamento do Porto Ilha de Areia Branca chegou a ser questionado pelo Grupo Hidrovias do Brasil, porém não prosperou e nesta sexta-feira, 5, O leilão foi realizado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), na sede da Bolsa de Valores de São Paulo. Na mesma ocasião, o Porto de Maceió, também foi arrendado.
O Terminal Portuário de Areia Branca, que era administrado pela Companhia das Docas do Rio Grande do Norte (CODERN), agora passa para o Consórcio Intersal, composto pela Salinor, que já utiliza o terminal para embarque de sal, e Intermarítima, que trabalha com transportes de grãos, fertilizantes, com operações nos postos de Salvador, Aratu e Ilhéus.
Ao jornal Valor Econômico, Roberto Zitelmann, porta voz do consórcio e executivo da Intermarítima, afirmou: “Reafirmo o desejo de tornar o Tersab um terminal com mais eficiência, para atender toda a cadeia salineira com eficiência, de maneira isonômica e transformar o porto no instrumento logístico que o estado merece”.
Para tanto, será preciso o Consórcio Intersal investir em estruturação e ampliação do Porto Ilha, que passa por sérias dificuldades em praticamente todas as áreas, apesar de ter consumindo, nos últimos dez anos, quase R$ 300 milhões dos cofres públicos federais.
Com o arrendamento, o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo PIloni, disse que será uma grande chance “do Terminal Salineiro de retomar as condições plenas de operação, como o de recuperar parte da estocagem de sal, que por problemas, questões relativas a manutenção, acabou tendo uma perda de capacidade desta infraestrutura”, revelou o secretário em entrevista coletiva.
A obrigatoriedade de fazer o investimento será nos próximos 25 anos, porém, é provável que o Consórcio o faço nos próximos 3 anos. Neste trabalho de estruturação, a organização acredita que serão gerados mais de 2 mil empregos e o terminal vai aumentar sua capacidade de embarque de 2 para 6 milhões de toneladas de sal ao ano.
Servidores
Quanto aos servidores, quem desejar pode se desligar da Codern e passar a trabalhar no Consórcio. Também terá como opção se transferir para outros portos em Natal ou Maceió, que também são administrados pela CODERN, ou para algum órgão federal da região, como os IFs e UFERSA. Os arrendatários esperam contar com a mão de obra destes profissionais, pois são específicas.