Nesta quarta-feira (17) a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) está promovendo um treinamento sobre Acolhimento com Classificação de Risco, em Mossoró.
O trabalho acontece no auditório da Segunda Diretoria Regional de Saúde (II URSAP), para a equipe multiprofissional da linha de frente do Pronto Socorro do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM).
O treinamento em Mossoró será ministrado pelo Dr. Ricardo Augusto Garcia Volpe, médico da Coordenadoria de Operações de Hospitais e Unidades de Referência (Cohur/SESAP), responsável pela elaboração do Contrato de Metas e Resultados, voltado para a Classificação de Risco.
Dr. Ricardo Volpe se baseará no Sistema de Triagem Sul-Africana (SATS), desenvolvida na África do Sul em 2004, onde foi elaborado um modelo que prioriza os sinais e sintomas baseado em cinco níveis e pode ser usado em serviços de urgência/emergência, e tem sido largamente utilizado nos serviços de emergência como maneira prática de classificar os pacientes, tanto nas grandes emergências como em ambiente pré-hospitalar, útil para reduzir a mortalidade e a morbidade, pela facilidade de compreensão, ensino, e além de ser prático e viável.
A programação do treinamento será desenvolvida da seguinte forma: 8h30, abertura oficial pela Dra. Lyane Ramalho, secretária Adjunta da SESAP; 9h, Apresentação do instrumento de triagem sul africana, Roteiro para implementação, Discussão de Casos práticos, na coordenação do Dr. Ricardo Volpe, com duração de quatro horas.
A Classificação de Risco é um instrumento utilizado nos prontos-socorros ou unidades de pronto atendimento em urgência e emergência, que tem o intuito de avaliar e identificar os usuários que necessitam de ter atendimento prioritário, baseado na gravidade clínica, potencial de risco ou grau de sofrimento.
O Acolhimento com Classificação de Risco foi instituído pelo Ministério da Saúde, pela Portaria GM/MS nº 3.390 de dezembro de 2013, com a Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do Sistema Único e Saúde (SUS).
Essa portaria estabelece diretrizes para a organização do Componente Hospitalar na Rede de Atenção à Saúde (RAS), onde considera o Acolhimento como uma escuta ética e adequada às necessidades da saúde dos usuários no momento de procurar pelo serviço e na prestação de cuidados com o propósito de atender à demanda com resolutividade e responsabilidade.
O modelo de triagem Sul Africano se adapta perfeitamente a realidade brasileira, primeiro pelas grandes distorções sociais e tecnológicas dos diferentes municípios brasileiros. Alguns poucos recursos, tanto tecnológicos quanto financeiros.
Segundo ele não avalia somente os sintomas e queixas dos usuários, ele utiliza também os sinais vitais o que permite melhor assertividade na detecção das prioridades de atendimento, informou o Dr. Gustavo Vital, diretor técnico do HRTM.