O maior e principal evento de fruticultura do país, a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – Expofruit, deve reunir toda a cadeia produtiva do setor no Brasil, entre 24 e 26 novembro, na Estação das Artes, em Mossoró.
O tema desta edição é “Valorizando as Oportunidades da Fruticultura” e terá como destaque na programação as novidades do setor em relação a insumos e tecnologias e a abertura do mercado chinês para a exportação do melão da região.
A organização da Expofruit tem a expectativa de receber um público de cerca de 15 mil pessoas nos três dias de feira e de promover um momento de geração de negócios e troca de conhecimento em diversos temas relacionados à produção frutícola local e nacional.
“Nossa expectativa é muito boa, pois com dois anos sem realizar a feira, esperamos receber um grande público. Teremos importadores visitando as fazendas da região, fornecedores nacionais e internacionais num ambiente amplo e cheio de novidades. Como estamos em plena safra, esse é o período atual para avaliar o atual cenário, fortalecer relacionamentos e prospectar negócios futuros”, explica Fábio Queiroga, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX/RN), entidade organizadora da feira.
O evento seguirá todos os protocolos de segurança exigidos pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte para evitar a disseminação do novo coronavírus e exigirá a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para participar do evento.
Todas as medidas apresentadas já estão aprovadas pela Secretaria Estadual de Saúde Pública e alinhadas com as exigências e determinações dos decretos estaduais, municipais e do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
PROGRAMAÇÃO TERÁ PESQUISADORES E ESPECIALISTAS DE EMPRESAS GLOBAIS
A programação científica ocorrerá dentro do Seminário Internacional da Expofruit 2021 e será realizada na Universidade Federal do Semiárido - UFERSA e começa na quarta-feira a partir das 8h, no Auditório Amâncio Ramalho, com o Seminário da Cajucultura que apresentará os potenciais e desafios para o cultivo do caju.
Na quinta-feira, ocorre o Fórum da Fruticultura que terá duas palestras; a primeira sobre o Estudo da Fruticultura: Melão, Melancia, Manga e Mamão da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e a seguinte terá a participação on-line da Consulesa Geral da China, Yan Yuqing, que falará das Estratégias Comerciais para a Fruticultura - Brasil x China.
Ambos temas serão seguidos por mesas redondas com a participação da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), COEX, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a SAPE e o Sebrae/RN e representantes de diversos municípios potiguares.
No último dia da Expofruit será realizado o Seminário: Frutas para o Nordeste e o Fórum de Cooperativismo.
O primeiro mostrará as pesquisas em torno dos cultivos da Pitaya, Morango, Maracujá e Uva na Universidade Federal do Semiárido (UFERSA) e será finalizado com uma visita à Fazenda Experimental da UFERSA. Já o segundo reunirá os produtores de agricultura familiar e debaterá a Importância dos Mercados Institucionais para a Agricultura Familiar.
Por meio de uma parceria com uma instituição espanhola, a Extenda - Agencia Andaluza de Promoción Exterior, serão promovidas apresentações virtuais com diversos especialistas de empresas globais ligadas à fruticultura com temas como: Transformação Digital na Produção Alimentar, Chaves para escolher um sistema de filtração, Fertirrigação no cultivo de frutas tropicais, entre outros. O momento possibilitará que os interessados acompanhem a programação mesmo não estando presencialmente no evento.
“Essa edição da feira vem sendo muito aguardada, por ser a retomada da Expofruit presencial com toda a sua grandeza. Teremos vários eventos dentro de uma grande estrutura. Vamos falar das inovações e de novos comércios ligados a toda a cadeia produtiva da fruticultura”, afirma Franco Marinho, Gestor de Fruticultura do Sebrae/RN.
A programação ainda contará com cursos, oficinas e painéis com várias temáticas ligadas à fruticultura. As inscrições para os eventos estão abertas no site www.expofruit.com.br.
FEIRA EXPÕE PRODUTOS E SERVIÇOS
A exposição de produtos e serviços ligados à cadeia produtiva da fruticultura acontece durante o período do evento, das 18h às 23h, na Estação das Artes, totalmente aberta ao público, contando com uma área total de 15 mil m2 e 360 estandes.
“Temos muitas novidades a apresentar no setor de fruticultura como a abertura de novos mercados, e o aumento da produção. Tivemos um incremento na procura de estandes em cerca de 30% e, por isso, ampliamos a área da feira e haverá a presença de diversas empresas nacionais e internacionais de toda a cadeia produtiva do setor como: fábricas de polpas de frutas, distribuidoras de sementes e insumos agrícolas, de pesquisas e tecnologia para o campo, produtos para irrigação, embalagens, entre outras”, afirma João Manoel, diretor comercial da Expofruit.
O evento será realizado num espaço amplo e seguindo todos os protocolos sanitários exigidos no período de pandemia.
“Os estandes vão ter espaço para manter o distanciamento necessário e para atender os requisitos necessários para a segurança dos presentes, estando em consonância com a legislação estadual e municipal. Vamos limitar e controlar o acesso do público para evitar a aglomeração e garantir todas as medidas de higienização com a presença de totens de álcool em gel na área da feira”, explica o diretor comercial da Expofruit.
FRUTICULTURA EM MOSSORÓ E REGIÃO
O melão continua sendo o carro-chefe da produção frutícola da região, seguido por melancia, mamão, banana e manga. De acordo com dados do Sebrae/RN, em outubro passado, as exportações de melões frescos cresceram e totalizaram US$ 19,3 milhões.
Comparadas ao mês anterior, o RN havia comercializado no mercado internacional US$ 10,8 milhões, desempenho que estava relacionado à retomada da entressafra da fruta.
A expectativa é que 2021 alcance os mesmos números do ano passado, quando o Rio Grande do Norte exportou 300 mil toneladas de frutas frescas, movimentando cerca de R$ 750 milhões.
Cerca de 40% das exportações de frutas do país saem do Rio Grande do Norte, a produção é destinada ao consumo interno e a exportação tendo a Europa como principal destino, sobretudo o Reino Unido e a Holanda. Atualmente, o setor emprega diretamente 20 mil pessoas e mais de 50 mil de forma indireta.
“Como já era nossa expectativa, este ano estamos mantendo os números de exportação ao nível do ano passado, ainda que sob forte impacto da crise econômica provocada pela pandemia de Covid-19. O setor está se recuperando, mas ainda enfrenta dificuldades com uma safra que teve um aumento nos custos da produção, sem o repasse no valor dos produtos”, afirma o presidente do COEX.
Um importante fator que contribui para a boa aceitação do melão mossoroense no mercado externo é o reconhecimento da qualidade da fruta produzida na região, que desde 2013 conta com selo de Indicação Geográfica de Origem, reconhecido mundialmente como indicativo de qualidade. A certificação foi concedida após cinco anos de aprimoramento da fruta produzida na região.