25 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:39
SAÚDE
22/01/2022 14:03
Atualizado
22/01/2022 14:07

Cardiologista João Paulo responde: Devo vacinar meu filho contra a covid-19?

"Esta postagem não tem nenhum caráter especulativo. É necessário que se coloque claramente que, se há dúvida quanto a vacinar ou não os seus filhos, o conjunto dos dados científicos indica: os benefícios da vacinação superam, e muito, os possíveis (e muito pouco prováveis) malefícios.", escreveu o médico, que também é professor universitário, músico e escritor, em sua conta no Instagram (@drjoaopaulomedeiros) e que reproduzimos neste espaço pela importância do texto a vida
"Esta postagem não tem nenhum caráter especulativo. É necessário que se coloque claramente que, se há dúvida quanto a vacinar ou não os seus filhos, o conjunto dos dados científicos indica: os benefícios da vacinação superam, e muito, os possíveis (e muito pouco prováveis) malefícios.", escreveu o médico, que também é professor universitário, músico e escritor, em sua conta no Instagram (@drjoaopaulomedeiros) e que reproduzimos neste espaço pela importância do texto a vida

O texto abaixo não é do MH. É do médico cardiologista , professor universitário, músico e escritor João Paulo Gurgel de Medeiros.  Ele responde a pergunta do momento entre os pais: devo vacinar o meu filho contra a covid-19?". 

Leitura valiosa, que o MH recomenda.

Desde o dia 16 de dezembro de 2021, a Anvisa autorizou a vacina Comirnaty® (Pfizer/BioNTech) para crianças de 5 a 11 anos de idade. Registrada no Brasil em 23 de fevereiro de 2021, a vacina foi autorizada para a faixa etária dos 12 aos 16 anos em junho do referido ano. Você está em dúvida se irá vacinar os seus filhos?

No ano de 2020, houve 1.203 mortes por complicações relacionadas à Covid-19 em pacientes com até 19 anos, sendo mais da metade delas na faixa etária dos 6 aos 19 anos. Em 2021, houve aumento para 1.422 óbitos na mesma faixa etária (quase 4 mortes por dia), sendo mais da metade também dos 6 aos 19 anos. Houve, portanto, um incremento no número de mortos entre os bebês, crianças e adolescentes.

A Sociedade Brasileira de Pediatria, com o mesmo entendimento das mais importantes comunidades científicas do mundo, e tendo como base a Literatura Científica, favorável aos benefícios da vacina, defende e apoia a vacinação na faixa etária dos 5 aos 11 anos. A eficácia em crianças foi de 90,7%, o que provavelmente irá reduzir, nelas, as internações e mortes por Covid-19 e SIM-P (Síndrome Inflamatória Multisisstêmica Pediátrica) pós Covid-19. Este benefício já foi demonstrado em adolescentes.

Os efeitos colaterais mais frequentes da vacina em crianças são dor no local da injeção (70%), sensação de cansaço e moleza (40%) e dor de cabeça (28%). O risco de desenvolver miocardite pela vacina é vinte vezes MENOR do que o risco de desenvolver miocardite durante a Covid-19.

Vivemos em uma época em que as informações seguem de forma deturpada e sem uma adequada checagem da realidade dos fatos. Assim, é esperado que haja tanta inconsistência em notícias diversas propagadas rapidamente pelos meios digitais. O movimento antivacina não é novo. Na página da BBC, há um bom texto sobre o assunto: “Da varíola à covid-19, a história dos movimentos antivacina pelo mundo”, por George Erman.

Esta postagem não tem nenhum caráter especulativo. É necessário que se coloque claramente que, se há dúvida quanto a vacinar ou não os seus filhos, o conjunto dos dados científicos indica: os benefícios da vacinação superam, e muito, os possíveis (e muito pouco prováveis) malefícios.

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