A Conselho da Petrobras aprovou a venda dos ativos da companhia no Rio Grande do Norte a subsidiária 3R Petroleum por 1,38 bilhão de dólares. Vai pagar pelos melhores campos, a refinaria mais rentável do Pais e o único terminal marítimo do Estado, apenas 10% do valor na assinatura.
Contrário a dilapidação da maior estatal brasileira claramente para entregar por valores irrisórios ao capital externo, o senador Jean Paul Prates, do PT, escreveu:
“Estão vendendo tudo na bacia das almas. O Governo Bolsonaro fatiou, diminuiu e enfraqueceu a Petrobras, e prejudica diretamente o nosso RN retirando toda a sua presença e investimentos por aqui. Uma perda irreparável, embora reversível”.
O senador não é totalmente contra a privatização dos campos maduros da companhia no Rio Grande do Norte. Defende que ocorra uma transferência gradual e transparente durante um tempo e isto para empresas que estejam realmente interessadas em investir nestes campos.
Jean Paul Prates acredita que assim garante ao Estado do Rio Grande do Norte e ao seu povo a continuidade dos investimentos, dos dividendos e principalmente dos empregos de quem opera na área de petróleo na produção de petróleo e gás, assim como de refino.
Quando faz menção em fatiar, diminuir e enfraquecer, Jean Paul Prates, que é especialista na área de petróleo, gás natural e energias renováveis, está fazendo referência ao fato do governo Bolsonaro está vendendo as subsidiárias da companhia que estavam dando lucro, gerando emprego e renda no País.
Ele continua: “Uma das maiores petrolíferas do mundo está se tornando uma empresa confinada a um só ambiente operacional (o Presal) e uma só região geográfica do País. Sobrará uma PETROSUDESTE. Sem postos (BR vendida), sem gasodutos (vendido), sem petroleiros, sem petroquímica, sem interesse público”.
O senador Jean Paul Prates está fazendo referência a BR Distribuidora entregue por valor muito abaixo do seguro aos americanos, a entrega do sistema de distribuição de gás para os canadenses e franceses, a entrega igualmente por valor irrisório da refinaria de diesel da Bahia ao mundo Árabe.
Com o conjunto de "vendas" de subsidiárias associado a politica de paridade de preços imposta pelo Governo Temer em outubro de 2016 e mantido pelo Governo Bolsonaro e suas "privatizações", restou aos brasileiros pagar mais de R$ 7 reais num litro de gasolina, assistir a tudo ficar mais caro, inclusive alimentos.
O que é realmente fatores de protestos ao povo brasileiro é que o Pais produz o óleo bruto que precisa para seu consumo, mas com o que foi feito envia este óleo bruto para ser refinado sem tributos para os Estados Unidos e compra os derivados pagando todos os tributos possíveis, daí os preços altos dos combustíveis no Brasil.
E senador denuncia: “Com esse anúncio, a Petrobras terminando vender TODAS as suas operações no território do RN. O comprador vai pagar menos de 10% do valor na assinatura e assumirá os melhores campos terrestres, a refinaria mais lucrativa do Brasil e o único terminal marítimo do Estado.”
Medidas jurídicas
“A Petrobras está vendendo (ou já vendeu) todos os seus campos, dutos, refinarias e postos no Nordeste e Norte do Brasil! No Sul e em Minas, também não sobrará nada. Resistimos no Senado, contestando esse processo de alienar a estatal sem autorização do Congresso junto ao STF.” Conclui o senador Jean Paul Prates.
Plano do senador para baixar os preços dos combustíveis
O senador Jean Paul Prates, atendendo pedido do presidente do Senado, está relatando um projeto de Lei que tem como objetivo ofertar ao Governo Federal adotar estas ferramentas jurídicas e baixar o preço da gasolina em até 44,6% e no diesel em até 44,3%, além de amortecer o gás GLP em até R$ 20 reais no botijão de 13 quilos.
O projeto deve ir a votação nas próximas semanas, juntamente com uma proposta apresentada pelo Governo Bolsonaro, para isentar os combustíveis fósseis de impostos como ICMS e outros. O senador Prates disse que os dois projetos são bem diferentes, mas que são complementares.
Confira