A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) divulgou nesta sexta-feira (11) o primeiro Informe Epidemiológico das Arboviroses no Rio Grande do Norte em 2022.
O documento traz dados das semanas epidemiológicas de 1 a 5, correspondendo ao período de 02/01/2022 a 05/02/2022.
No que diz respeito à dengue, foram notificados, no período, 441 casos prováveis, sendo 31 confirmados. Quanto aos casos de chikungunya, foram 221 casos prováveis, com 12 casos confirmados.
Foram notificados ainda 28 casos suspeitos de zika vírus, porém nenhum foi confirmado. Durante o período não foi registrado nenhum óbito por nenhuma das arboviroses no RN.
"Observamos que desde o final de 2021 existiu um aumento de casos de dengue, chikungunya e zika, e em 2022, desde a primeira semana do ano até a quarta semana, notamos um aumento considerável das notificações”, explica a Coordenadora do Programa Estadual das Arboviroses Silvia Dinara.
Na primeira semana epidemiológica de 2021 foram notificados 28 casos prováveis de dengue, na primeira semana de 2022 foram 137, e na segunda, 144 casos, mostrando um aumento considerável em relação ao ano passado. Esse aumento contínuo já estava ocorrendo no final do ano e a incidência das arboviroses é maior no período da sazonalidade dessas doenças.
A Sesap vem enfatizando a importância da intensificação do controle dos criadouros do Aedes aegypti e a notificação dos casos suspeitos pelos serviços de saúde.
O Programa Estadual das Arboviroses realiza o monitoramento das notificações e dos dados entomológicos através dos sistemas. E esse monitoramento direciona algumas ações do programa nos municípios que apresentam um aumento das notificações.
Entre as ações já realizadas em 2022 estão a distribuição de larvicidas para todos os municípios do RN, apoio a todos os municípios na elaboração do Levantamento de Índices (LIRA e LIA), além de reuniões técnicas e capacitações nos municípios.
No RN já ocorreu a introdução dos quatro sorotipos de dengue, chikungunya e da zika em todo o estado.
“Diante disso, reforçamos os cuidados e as orientações junto aos municípios, em relação à importância da notificação, da investigação e do encerramento dos casos dentro do sistema. Também é fundamental a articulação da Vigilância Epidemiológica com a atenção básica com o controle vetorial para que as medidas sejam tomadas impedindo que os primeiros casos identificados se espalhem por toda cidade, evitando surto e/ou epidemia relacionada às arboviroses.