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MUNDO
COM INFORMAÇÕES DA CNN
02/03/2022 08:44
Atualizado
02/03/2022 08:44

Rússia prossegue com os ataques contra a Ucrânia nesta quarta-feira (2)

Após anunciar que as forças armadas tomaram a cidade de Kherson, o Kremlin disse que as autoridades russas estão prontas para realizar uma segunda rodada de negociações com a Ucrânia, mas que não sabe se as autoridades ucranianas aparecerão. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse na terça-feira (1º) que a Rússia deve parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações possam ocorrer.
FOTO: WOLFGANG SCHWAN/ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES

Nesta quarta-feira (2) o Ministério da Defesa russo anunciou que as forças armadas tomaram a cidade de Kherson – autoridades ucranianas, no entanto, rebateram e afirmaram que ainda estão no controle da região, que fica ao sul.

Também nesta quarta, o Kremlin disse que as autoridades russas estão prontas para realizar uma segunda rodada de negociações com a Ucrânia, mas que não sabe se as autoridades ucranianas aparecerão.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse na terça-feira que a Rússia deve parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações possam ocorrer.

Ainda nesta quarta, o departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia e imagens geolocalizadas pela CNN.

O conselho da cidade de Mariupol também disse que a cidade ao sul estava sob controle ucraniano, mas travada em batalhas com tropas russas.

Na terça-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o fechamento do espaço aéreo americano para a Rússia – isolando ainda mais o país de Vladimir Putin.

NÚMEROS DA GUERRA

O ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, publicou no Facebook, no último sábado (26), que subiu para 198 o número de ucranianos mortos na guerra contra a Rússia. Entre os mortos, três eram crianças. Há também o registro de ao menos 1115 pessoas feridas, das quais 33 são crianças.

A agência de Direitos Humanos das Nações Unidas também publicou números relativos às perdas na terça-feira (1º), apontando que pelo menos 136 civis foram mortos, incluindo 13 crianças, e 400 ficaram feridos.

O número de soldados russos mortos no conflito até o momento ainda não foi divulgado pela Rússia.

APOSTA DE US$ 1 TRILHÃO PARA ACABAR COM ECONOMIA RUSSA

O Ocidente respondeu à invasão russa à Ucrânia com uma série de sanções. A mais recente delas tem o intuito de desencadear uma crise bancária, sobrecarregar as defesas financeiras de Moscou e levar a economia russa a uma profunda recessão.

Nunca na história uma economia com a importância mundial da Rússia foi alvo de sanções desse nível, segundo analistas que afirmam haver agora um alto risco de a Rússia enfrentar uma crise financeira que leve seus maiores bancos à beira do colapso.

A coalizão está tentando impedir o Banco Central da Rússia de vender dólares e outras moedas estrangeiras para defender o rublo e sua economia. No total, quase US$ 1 trilhão em ativos russos foram congelados por sanções.

TRIBUNAL DE HAIA REALIZARÁ AUDIÊNCIAS SOBRE GENOCÍDIO

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, realizará audiências públicas a partir da próxima segunda-feira (7) sobre as acusações de genocídio na Ucrânia.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira (1º), o CIJ disse que audiências públicas serão realizadas na segunda e na terça-feira (8) sobre “o caso sobre alegações de genocídio sob a Convenção sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio (Ucrânia versus Federação Russa)”.

Em seu pedido de instauração de processos contra a Rússia, a Ucrânia disse que o país presidido por Vladimir Putin “alegou falsamente que ocorreram atos de genocídio” nas regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, acrescentando que a Rússia posteriormente declarou e implementou uma “operação militar especial” contra a Ucrânia, de acordo com o comunicado.

PARLAMENTO EUROPEU RECOMENDA DAR À UCR NIA STATUS DE CANDIDATO À UNIÃO EUROPEIA

O Parlamento Europeu adotou uma resolução na terça-feira pedindo às instituições da União Europeia “que trabalhem para conceder” à Ucrânia o status de país candidato à adesão ao bloco, disse em comunicado.

A resolução, que também exige que a União Europeia imponha “sanções mais duras” à Rússia, foi votada a favor por 637 membros do Parlamento Europeu (MPE).

Ela também condenou “nos termos mais fortes possíveis a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia e exige que o Kremlin encerre todas as atividades militares no país”.

Os membros do Parlamento enfatizaram que as sanções financeiras do bloco contra a Rússia devem ir mais longe, afirmando que “todos os bancos russos devem ser bloqueados do sistema financeiro europeu e a Rússia deve ser banida do sistema Swift”.


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