O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski suspendeu hoje a última ação penal pendente contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resultante da investigação da Operação Lava Jato na Justiça.
Esse processo contra Lula trata de um suposto tráfico de influência na compra de caças Gripen, fabricados na Suécia, destinados à Aeronáutica brasileira.
O pedido de suspensão foi realizado pela defesa do ex-presidente, que criticou a conduta da Lava Jato contra ele e alegou que havia um plano de utilizar o direito para atacar tanto Lula quanto sua defesa.
No recurso, os advogados do petista utilizaram mensagens vazadas do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, nas quais ele "tentava construir uma denúncia" contra Lula "envolvendo a aquisição de caças da marca Saab/Gripen para equipar as Forças Armadas".
Outras mensagens trocadas corroboram a tese da defesa de que haviam grupos se organizando para denunciar falsamente o ex-presidente.
Hoje, Lewandowski seguiu a decisão do Juiz da 10ª Vara Criminal Federal do Distrito Federal, que acatou o pedido dos advogados de Lula para "suspender cautelarmente a tramitação da Ação Penal". A ação é a quarta contra o ex-presidente pela Lava Jato.
As outras são os casos do tríplex do Guarujá, que foi arquivado; o sítio de Atibaia, que foi anulado; e o Instituto Lula, que também sofreu suspensão.