24 NOV 2024 | ATUALIZADO 11:42
SAÚDE
21/03/2022 08:50
Atualizado
21/03/2022 08:51

''O termo portador para síndrome de Down caiu em desuso'', explica especialista

No Dia Internacional da Síndrome de Down, psicóloga afirma que o apoio de uma equipe multidisciplinar capacitada é fundamental para o ajuste familiar à nova situação. Adriana Melo ressalta que “não é uma doença, mas sim uma alteração genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, em vez de dois. Por isso, também é conhecida como trissomia do cromossomo 21”.
FOTO: REPRODUÇÃO

21 de março marca, no mundo inteiro, o Dia da Conscientização sobre a Síndrome de Down. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 300 mil brasileiros nascem com essa condição.

A psicóloga do Sistema Hapvida, Adriana Melo, ressalta que “não é uma doença, mas sim uma alteração genética causada pela presença de três cromossomos 21 nas células dos indivíduos, em vez de dois. Por isso, também é conhecida como trissomia do cromossomo 21”.

De acordo com a especialista, “crianças com SD evoluem com déficit de desenvolvimento psicomotor, intelectual e pôndero-estatural e quanto mais precoce são instituídas as medidas preventivas melhor o prognóstico”.

Por isso, o momento da notícia do nascimento de uma criança acometida pela desordem dos genes tem impacto na aceitação da família e na sua disposição e adesão ao tratamento.

“É necessário uma postura humana e ética do profissional para garantir a acolhida e informação adequada à família. O apoio de uma equipe multidisciplinar capacitada neste caso é fundamental para o ajuste familiar à nova situação, favorecendo a saúde física, mental e afetiva”, explica Melo.

Segundo a OMS, a média é de um caso a cada 800 nascimentos. As principais evidências são: a hipotonia, o comprometimento intelectual e o fenótipo (características como nuca espessa e olhos puxados).

“Inclusive, é essencial enfatizar que as pessoas que têm Síndrome de Down, não são portadoras de Síndrome de Down. Essa nomenclatura está em desuso. Isso porque uma pessoa pode portar (carregar) uma caneta, um guarda-chuva, mas não pode portar uma deficiência, uma característica inerente a pessoa, não é algo que se pode deixar em casa”, explica a psicóloga.

Adriana revela ainda que o trabalho psicológico é prejudicado pela discriminação e o preconceito.

“É imprescindível, então, uma abordagem com todos os envolvidos para a adequação às suas necessidades, uma vez que quanto mais cedo se oferecer um ambiente que promova autonomia e diferentes possibilidades de descoberta de seu potencial, melhor será seu desenvolvimento”.


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