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MOSSORÓ
Da redação
12/11/2015 14:08
Atualizado
12/12/2018 12:04

Cessão de crédito é uma solução para equacionar as contas do município

Alex Moacir destaca ainda que apesar da diminuição da arrecadação do município, os serviços foram mantidos e a cessão de crédito é uma solução para a Prefeitura Municipal de Mossoró enfrentar a crise
Cézar Alves

Em entrevista ao Jornal Mossoró Hoje na manhã desta quinta-feira (12), o vereador Alex Moacir comentou sobre a aprovação por parte do Legislativo, à cessão de crédito, a polêmica antecipação dos royalties, solicitada pelo prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior.

De acordo com o vereador, o que vem acontecendo em Mossoró, não é uma realidade diferente do que acontece com os outros municípios brasileiros, em razão da crise.

O vereador afirma que, mesmo diante da crise, Mossoró não reduziu seus serviços, como fez o município de Barueri, São Paulo, por exemplo, mas que pelo contrário, Mossoró fez corte de pessoal e manteve os serviços. Principalmente serviços na área de saúde, que foram apliados.

Sobre a polêmica gerada acerca do tema, e por parte de alguns vereadores em relação a medida, Alex Moacir, afirma que muitos dos que são contra esta medida hoje, eram a favor na gestão de Fafá Rosado e Cláudia Regina.

Segundo ele, “Infelizmente tem um jogo político muito pesado, os processos estão sendo contaminados por eleições que se aproximam. Quem vejo hoje criticando certas ações da gestão, são os mesmo que estavam elogiando nas gestões anteriores”, informa.

“Eu cheguei a ver vídeos de alguns colegas que colocaram nas redes sociais, que Mossoró ia perder pelos próximos 10 anos sua fonte de recurso em relação a royalties, isso é querer passar informação errada para a população. Infelizmente, o discurso muda conforme a conveniência”, finaliza.

O vereador destaca que o momento vivido por Mossoró, em relação à crise econômica, não é diferente dos outros municípios do país. “Barueri, no estado de São Paulo, tem uma arrecadação muito forte, mas há seis meses, que ela começou a diminuir serviços, diminuir o quadro de pessoal da prefeitura e tentar se adequar ao momento em que está vivendo, com Mossoró não é diferente, há seis meses o município vem diminuindo a arrecadação, e mesmo assim o município continua mantendo os serviços”, afirma.

Portanto, segundo o vereador, a arrecadação diminuiu e os serviços continuaram a ser mantidos, o que gera uma dívida contraída pelo município. “Isso fica causando o déficit, gerando uma dívida maior do que você tem para pagar, isso gerou débito com terceirizados, com fornecedores, com pessoas que alugaram equipamentos”, diz.

Enfático sobre a atual situação do município, o vereador afirma que “não adianta agora a gente só criticar, e falar mal, isso é fato, e a própria administração não tem negado, nós temos que tentar buscar soluções, porque eu entendo que não podemos viver em um eterno palanque eleitoral, não adiantar ser contra apenas por ser contra”, relata.

Diante da clara diminuição na arrecadação do município, o vereador afirma que a cessão de crédito dos royalties, se configura como uma solução para o problema de débito de serviços e como alternativa para investimentos em setores essenciais, como saúde, pagamento de terceirizados, de fornecedores.

“Não adianta criticar por criticar, temos que apontar soluções, e nesse momento essa cessão de crédito é uma solução para equacionar as contas do município, é um recurso que Mossoró tem direito em função da arrecadação que teve, mas perdeu em função da diminuição da arrecadação nos últimos meses”.

Questionado sobre a oposição que está se fazendo acerca da cessão, Alex Moacir destaca que se fosse qualquer prefeito ele também votaria a favor da medida, por conta da necessidade que o município apresenta em relação a crise. “Eu entendo que o município merece esse recurso para equacionar as dívidas com os trabalhadores e voltar a investir em várias ações”, afirma ele.

Com a cessão de crédito aprovada na Câmara, a Prefeitura deve aguarda a Agência Nacional de Petróleo informar quanto Mossoró pode receber, em relação a arrecadação do município. "Não podem pensar que o prefeito vai receber o dinheiro e fazer o que ele quiser, o MP vai fiscalizar, a própria Câmara vai fiscalizar".

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