24 NOV 2024 | ATUALIZADO 10:26
SAÚDE
09/06/2022 15:29
Atualizado
09/06/2022 15:30

69% dos casos positivos para vírus respiratórios são de Covid-19, segundo a Fiocruz

O dado consta no Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (9), e reforça a tendência de aumento dos casos de Covid-19 nas últimas quatro semanas. Também em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo aponta a mesma propensão, 92,22% foram em decorrência do Sars-CoV-2 (Covid-19). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 22, de 29 de maio a 4 de junho, que registrou 7,7 (6,9 – 8,6) mil casos de SRAG no país.
FOTO: REPRODUÇÃO

Divulgado nesta quinta-feira (9/6), o Boletim InfoGripe Fiocruz reforça a tendência de aumento dos casos de Covid-19 entre as ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) - que corresponderam, nas últimas quatro semanas, a 69% dos casos positivos para vírus respiratórios.

Também em relação ao total de óbitos por vírus respiratórios, o estudo aponta a mesma propensão, 92,22% foram em decorrência do Sars-CoV-2 (Covid-19).

A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 22, de 29 de maio a 4 de junho, que registrou 7,7 (6,9 – 8,6) mil casos de SRAG no país.

Em nível nacional, observa-se cenário claro de crescimento no número de casos semanais de SRAG associados à Covid-19 em todas as faixas etárias da população adulta.

Para as ocorrências de SRAG na população em geral, a estimativa mostra crescimento de 39,5% na média móvel de casos semanais na comparação entre a primeira e última semana de maio. Na população adulta, a partir de 18 anos, a estimativa é de que esse crescimento tenha sido de 88,7%.

Nas crianças e adolescentes, verificou-se manutenção do sinal de estabilização em patamar elevado nas faixas de 0 a 4 e 5 a 11 anos.

"Os dados laboratoriais apontam que, no grupo de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença relevante de Sars-CoV-2 (Covid-19), rinovírus e metapneumovírus. Nas demais faixas etárias, predomina as ocorrências de Sars-CoV-2", informa o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Diante desse contexto, Gomes ressaltou a importância da dose de reforço da vacina e da volta do uso de máscaras.

"É fundamental que a população retome certas medidas simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual - tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental".

Segundo o Boletim, durante este ano já foram notificados 155.227 casos de SRAG, sendo 75.012 (48,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 57.328 (36,9%) negativos, e ao menos 14.701 (9,5%) aguardando resultado laboratorial.

Das ocorrências com resultado positivo para vírus respiratórios, 5,2% foram por influenza A; 0,1% por influenza B; 9,1% por Vírus Sincicial Respiratório (VSR); e 82,7% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

O quadro nacional apresenta sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas).

"Como sinalizado no Boletim da SE 17, o sinal de crescimento recente está presente em faixas etárias da população adulta", reforçou Gomes. O estudo destaca ainda que 17 das macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico, 15 em nível epidêmico, 66 em nível alto, 19 em nível muito alto e uma em nível extremamente alto.

VACINA DA GRIPE

A análise sinaliza que, embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A (gripe) mantém sinal de crescimento em diversas faixas etárias no estado do Rio Grande do Sul. Nesse sentido, o coordenador do InfoGripe reforça também a importância da vacina da gripe.

“Ela é fundamental em todo o país porque esse cenário, que hoje é particular no Rio Grande do Sul, pode acabar refletindo nos demais estados nas próximas semanas, no próximo mês”, explica.

UNIDADES FEDERATIVAS

Vinte e quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana 22: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo. As demais UFs (três) contam com indícios de estabilidade ou queda na tendência

CAPITAIS

Quanto às capitais, 22 mostram crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Natal (RN) Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA) e São Paulo (SP).


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