O mundo registra, até o momento, 41,5 mil casos de varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox.
Os diagnósticos confirmados estão distribuídos em 96 países. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições internacionais, os dez países com maior número de casos são:
Estados Unidos: 14,5 mil;
Espanha: 5,7 mil;
Brasil: 3,7 mil;
Alemanha: 3,2 mil;
Reino Unido: 3,1 mil;
França: 2,8 mil;
Canadá: 1,1 mil;
Holanda: 1 mil;
Peru: 938;
Portugal: 770.
Quando avaliado o número de casos por milhão de habitantes, o Brasil é o 27º país com maior número, com 15,49 casos/milhão de habitantes. Até agora, 16 países não relataram novos casos nos últimos 21 dias. No total, foram 13 óbitos no mundo, sendo um deles no Brasil.
"A maior prevenção para varíola dos macacos é a informação correta sobre a forma de contágio. Essa doença endêmica surgiu na África e, por um fato ainda incerto, passou a acometer outros lugares”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
PERFIL DOS CASOS
No mundo, de acordo com a OMS, 98,5% dos casos estão entre pessoas do sexo masculino. Desse percentual, 76,5% é de homens entre 18 e 44 anos; 0,5% de 0 a 17 anos e 0,1% de 0 a 4 anos. A idade mediana dos infectados é 36 anos.
No Brasil, segundo dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), dos 3,7 mil casos confirmados, 93,2% são entre pessoas do sexo masculino. Desse percentual, 93,9% são em homens entre 18 e 49 anos; 3,5% de 0 a 17 anos e 0,6% de 0 a 4 anos. A idade mediana é de 31 anos.
O sintoma mais comum nas pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos é a febre. No Brasil, além da reação térmica do corpo, pacientes relataram inchaço de gânglios, erupções na pele e dores musculares.
Quanto aos locais das erupções, 59,9% acometeram órgãos genitais dos infectados, 44,4% no tronco e 40,3% em membros superiores.
Dos casos confirmados no Brasil, 49,7% estão entre homens que declararam ter relação sexual com outros homens.
Quanto ao possível local de contato, 87,6% são referentes a contato íntimo com desconhecido. No entanto, a infecção pode acometer qualquer pessoa, independentemente de orientação ou prática sexual, como reforçam as autoridades sanitárias.
SINTOMAS E PREVENÇÃO
Procure uma unidade básica de saúde mais próxima se você sentir:
erupções ou lesões na pele;
linfonodos inchados (ínguas);
febre;
dores no corpo;
dor de cabeça;
calafrio;
fraqueza.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após o desaparecimento das crostas formadas na pele, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus.
“O fato de não existir um tratamento específico, não quer dizer que não tenha tratamento para aliviar sintomas, como a dor, por exemplo. Por isso, é importante buscar uma unidade de saúde. Quanto à prevenção, é fundamental o cuidado com roupas, lençóis e toalhas que podem contaminar outras pessoas”, reforça o ministro Queiroga.
LANÇAMENTO DA CAMPANHA
Nesta segunda-feira (22), o Ministério da Saúde lançou a Campanha Nacional de Prevenção à Varíola dos Macacos. Na ocasião, o ministro Queiroga, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros e a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross, juntamente com outras autoridades, traçaram o cenário da doença no mundo e as principais ações do Brasil para enfrentamento.