23 NOV 2024 | ATUALIZADO 10:26
SAÚDE
16/09/2022 11:11
Atualizado
16/09/2022 11:11

Pesquisadores potiguares desenvolvem aparelho que substitui olho humano em exames oftalmológicos

Simulador de Retinoscopia busca facilitar o ensino da oftalmologia e ganhou o nome de Eyezowski, em alusão ao personagem do filme 'Monstros S.A.’. O aparelho, desenvolvido pelo médico oftalmologista Paulo de Souza Segundo, de 43 anos, dispensa a presença do olho humano durante o treinamento para prescrição dos óculos no refratômetro, um instrumento óptico fundamental para as consultas oftalmológicas.
FOTO: CEDIDA

Um dispositivo desenvolvido pelo médico oftalmologista Paulo de Souza Segundo, de 43 anos, promete beneficiar o ensino e o mercado da Oftalmologia. O aparelho dispensa a presença do olho humano durante o treinamento para prescrição dos óculos no refratômetro, um instrumento óptico fundamental para as consultas oftalmológicas.

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP), Paulo começou a desenvolver o protótipo do Simulador de Retinoscopia acoplado ao Refratômetro em 2019 e o nomeou de Eyezowski, pela semelhança com o personagem Mike Wazowski do filme de animação 'Monstros S.A.'.

“O Simulador se propõe a facilitar o ensino da oftalmologia com potencial de promover resultados bem mais promissores no processo ensino-aprendizagem que as metodologias tradicionais. Isso possibilita a simulação da técnica da retinoscopia em ambiente real, substituindo o olho humano do paciente no treinamento, com utilização de dispositivo portátil, acoplável a qualquer consultório oftalmológico e com custo acessível”, explica o pesquisador.

A novidade desenvolvida pelo potiguar está em consonância com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que demonstra em relatórios a necessidade do desenvolvimento de ferramentas que beneficiem a formação e o estudo especializado de profissionais oftalmologistas.

O orientador do projeto, professor doutor Francisco Irochima, afirma que a pesquisa de Paulo se revela bastante promissora para a área, especialmente para residentes e oftalmologistas em reciclagem.

“O refratômetro é, basicamente, o aparelho colocado na frente dos olhos do paciente durante a consulta. A retinoscopia quantifica, de maneira aproximada, o erro refracional por miopia, hipermetropia e astigmatismo do paciente. O resultado obtido é usado como um parâmetro na definição final do grau do paciente e da necessidade ou não do uso de lentes corretivas”, explica Irochima.

DISPONIBILIZAÇÃO NO MERCADO

Patenteado com recursos próprios sob a numeração BR 10 2022 013367 0, o pesquisador agora busca apoio para a produção do Simulador de Retinoscopia, barateando a produção e a disponibilização ao mercado.

“Já estou em busca de patrocínio da iniciativa pública e privada para custeios. Assim, avançaremos contribuindo com a saúde oftalmológica de muitas pessoas”, frisa o pesquisador.


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