26 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:26
NACIONAL
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil - Brasília
22/04/2023 08:01
Atualizado
22/04/2023 08:02

PF interroga ex ministro do GSI e Moraes quebra sigilo das imagens do 8 de janeiro

As imagens divulgadas até agora tiveram como origem as redes sociais dos próprios invasores. As imagens das câmeras dos prédios dos três poderes estavam em poder do GSI, que no Governo Bolsonaro era comandado pelo General Heleno e no Governo Lula pelo General Gonçalves Dias. Estas imagens foram vazadas e publicadas, editadas pela CNN. Com as imagens divulgadas, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo e o ministro Alexandre de Moraes determinou que ele fosse ouvido pela PF e quebrou o sigilo das imagens do circuito interno da casa dos três poderes.
As imagens divulgadas até agora tiveram como origem as redes sociais dos próprios invasores. As imagens das câmeras dos prédios dos três poderes estavam em poder do GSI, que no Governo Bolsonaro era comandado pelo General Heleno e no Governo Lula pelo General Gonçalves Dias. Estas imagens foram vazadas e publicadas, editadas pela CNN. Com as imagens divulgadas, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo e o ministro Alexandre de Moraes determinou que ele fosse ouvido pela PF e quebrou o sigilo das imagens do circuito interno da casa dos três poderes.
Foto: Reprodução

O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias prestou depoimento hoje (21) à Polícia Federal (PF), em Brasília. Ele chegou à sede da corporação por volta das 9h, entrou pela garagem e não deu declarações. A oitiva terminou por volta das 13h30.

O depoimento foi determinado ontem (20) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu prazo de 48 horas para que o depoimento fosse realizado.

Na quarta-feira (19), Dias pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários do GSI no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas.

Na decisão, o ministro disse que houve "conivência e omissão de diversos agentes do GSI" e "atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto".

Moraes também determinou que todos os funcionários do GSI que aparecem nas imagens sejam identificados e ouvidos pela PF.

Após a determinação do STF, o ministro interino da pasta, Ricardo Capelli, disse que vai passar as informações sobre as pessoas identificadas nos vídeos para a investigação que é conduzida por Alexandre de Moraes.


Sobre a quebra de sigilo das imagens mostrando o vandalismo no dia 8 de janeiro

Para Moraes, as gravações são necessárias para apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos. A intenção dos invasores era derrubar o governo Lula, recém eleito e empossado, e trazer de volta o ex-presidente Bolsonaro, que, antes mesmo do final de seu governo, havia ido para Orlando, no EUA.

"Portanto, inexiste sigilo das imagens, com base na Lei de Acesso à Informação, sobretudo por serem absolutamente necessárias à tutela jurisdicional dos direitos fundamentais, ao regime democrático e republicano, que foram covardemente desrespeitados no ataque criminoso à nossa democracia, no dia 8/01/2023", escreveu o ministro.

Alexandre de Moraes ressaltou que a investigação sobre os atos golpistas também apura as responsabilidades de agentes civis e militares que foram coniventes com os atos.

"A investigação dos atos golpistas não está restrita somente aos indivíduos e agentes públicos civis e militares que criminosamente pretenderam causar ruptura do Estado Democrático de Direito, na tentativa de violação de direitos fundamentais e na separação de poderes, mas, também, na identificação e responsabilização das condutas de todos aqueles, inclusive de agentes públicos civis e militares, que, durante a consumação das infrações penais do dia 8/1 ou, posteriormente, comissiva ou omissivamente, foram coniventes ou deixaram de exercer suas atribuições legais", concluiu.

Mais cedo, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias prestou depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília.

O depoimento foi determinado ontem (20) pelo ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 48 horas para que o depoimento fosse realizado.

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