17 NOV 2024 | ATUALIZADO 19:34
NACIONAL
23/10/2023 22:45
Atualizado
24/10/2023 06:48

Milícia reage a ação policial queimando dezenas de ônibus no Rio de Janeiro

Os ataques terroristas começaram na tarde desta segunda-feira, após uma operação policial terminar com a morte de um miliciano chamado Faustão, sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga. O Governador Claudio Castro disse que o trabalho da policia contra o crime organizado vai continuar. O ministro da Justiça segue para o Estado do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, com reforço para auxiliar no combate ao crime organizado.
Os ataques terroristas começaram na tarde desta segunda-feira, após uma operação policial terminar com a morte de um miliciano chamado Faustão, sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga. O Governador Claudio Castro disse que o trabalho da policia contra o crime organizado vai continuar. O ministro da Justiça segue para o Estado do Rio de Janeiro, nesta terça-feira, com reforço para auxiliar no combate ao crime organizado.
Reprodução TV Globo

Assim como ocorreu no Rio Grande do Norte, no início de 2023, facções criminosas (no caso Milícia) estão queimando dezenas de ônibus, trens e carros no Estado do Rio de Janeiro. Os ataques começaram no final da tarde desta segunda-feira, 23, de outubro de 2023.

Há poucos instantes, o Governo do Estado do Rio divulgou que pelo menos 12 pessoas foram presas por crime de terrorismo e serão encaminhadas para Presídios Federais. A reação aos ataques também veio rápido, do Governo Federal, com reforço policial.

Os ataques na cidade maravilhosa começaram após operação da Polícia Civil que resultou na morte do miliciano conhecido por Matheus da Silva Rezende, o Faustão, da zona Oeste do Rio. Neste caso, o governador comemorou e avisou que as forças de segurança vão continuar.

“Hoje demos um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como "homem de guerra" do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio”, escreveu o governador Claudio Castro.

O governador acrescenta: “Quero parabenizar os nossos policiais da DGPE, da Core e da Draco, por prenderem hoje, em Santa Cruz, o Faustão ou Teteu – que era o braço direito e sobrinho do miliciano Zinho. Não vamos parar! Nossas ações para asfixiar o crime organizado têm trazido resultados diários”.

A ação policial teve reação imediata do crime organizado. Pelo menos 1 trem e 35 ônibus foram queimados. Trens atacados e outros veículos de transporte público, também foram queimados. O Governador Claudio Castro disse que ativou plano de contingência.

A MOBI-RIo, que opera os ônibus articulados do BRT, informou que seus ônibus também foram alvo de ataques e interrompeu a circulação do corredor TransOeste, que liga a Barra da Tijuca a Santa Cruz e Campo Grande. Além dos veículos, a Estação Santa Veridiana foi incendiada, e houve tentativas de atear fogo em mais três estações.

O prefeito Eduardo Paes, do Rio, escreveu sobre a situação caótica. “Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na zona oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na zona oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, disse Paes.

O Ministério Flávio Dino, da Justiça, escreveu na rede Social X:

“Amanhã estarão no Rio o Secretário Executivo Ricardo Cappelli; o Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar; e o Comandante da Força Nacional, coronel Alencar. Irão reunir com as nossas Superintendências da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Também com as equipes dos governos estadual e municipal. Estamos mantendo e ampliando operações diárias no Rio, no que se refere à competência federal, com realização de prisões, investigações, patrulhamento e apreensões. Vamos aumentar mais ainda as equipes federais, em apoio ao Estado e ao Município. Em um sistema federativo, temos que respeitar os demais entes da Federação e buscar ações convergentes, o máximo quanto possível. Foi assim que agimos em outros estados que atravessaram crises de Segurança neste ano de 2023. Teremos novas decisões nos próximos dias, sob orientação do Presidente Lula.”


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