23 NOV 2024 | ATUALIZADO 18:25
EDUCAÇÃO
ANNA PAULA BRITO
23/11/2023 11:19
Atualizado
23/11/2023 11:19

Ufersa obtém patente de “parafuso ortopédico bioabsorvível” desenvolvido na universidade

O dispositivo experimental mecânico, desenvolvido pelos professores Diego Ariel de Lima e Lana Lacerda de Lima, do curso de medicina, Rodrigo Codes, do Centro de Engenharias, visou simular a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior. Segundo os professores, o objetivo do projeto é levar ao mercado mais acessibilidade em relação aos custos desta cirurgia, podendo futuramente ser utilizado até no SUS. Para a Ufersa, a conquista da patente a coloca como inovadora e capaz de produzir tecnologia avançada no cenário nacional, como explica o professor Ariel.
Ufersa obtém patente de “parafuso ortopédico bioabsorvível” desenvolvido na universidade. O dispositivo experimental mecânico, desenvolvido pelos professores Diego Ariel de Lima e Lana Lacerda de Lima, do curso de medicina, Rodrigo Codes, do Centro de Engenharias, visou simular a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior. Segundo os professores, o objetivo do projeto é levar ao mercado mais acessibilidade em relação aos custos desta cirurgia, podendo futuramente ser utilizado até no SUS. Para a Ufersa, a conquista da patente a coloca como inovadora e capaz de produzir tecnologia avançada no cenário nacional, como explica o professor Ariel.
FOTO: CEDIDAS

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido obteve a concessão da Patente de Modelo de Utilidade de um “parafuso ortopédico bioabsorvível” desenvolvido na instituição. Trata-se da quinta carta patente da Universidade.

Denominado de “Parafuso de interferência de poli (Ácido Lático) ou PLA, produzido através de impressão 3D”, o projeto é de autoria dos professores Diego Ariel de Lima e Lana Lacerda de Lima, do curso de medicina, Rodrigo Codes, do Centro de Engenharias.

“Iniciamos o trabalho em 2021 com o objetivo de buscar uma solução inovadora e bem mais em conta para o custo dos parafusos de interferência para cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado anterior, onde habitualmente se utiliza parafusos de interferência feitos de metal ou polímeros bioabsorvíveis, que por sua vez tem como principal objetivo fixar o enxerto que irá substituir o ligamento rompido, no conjunto ósseo, evitando seu escorregamento”, explicou o professor Rodrigo Codes.

Para os estudos, os professores utilizaram materiais já presentes no mercado como amostras controle, a exemplo dos parafusos de interferência feitos de titânio, que já são comercializados.

“Nosso objetivo foi trazer ao mercado mais acessibilidade em relação aos custos dessa cirurgia, considerando o baixo valor aquisitivo do material utilizado por meio da impressão 3D”, disse.

Os testes mostraram que o parafuso impresso à base de PLA conseguiu fornecer uma boa fixação, gerando resultados satisfatórios e promissores. A pesquisa se expandiu e já envolve muitos discentes a nível de graduação e pós-graduação.

De acordo com o professor Diego Ariel, o projeto não visa o lucro. O intuito é incorporar essa tecnologia de baixo custo ao SUS.

“Contudo precisamos de mais testes antes de iniciar os testes clínicos em humanos. Agora iniciaremos os testes clínicos em animais. Provavelmente de 1 a 2 anos já estaremos com essa tecnologia em humanos. Já temos a aprovação do comitê de ética, mas queremos o máximo de segurança antes do uso em humanos”, explica.

O professor Diego ainda reforça que a conquista da patente coloca a Ufersa como inovadora e capaz de produzir tecnologia avançada no cenário nacional. “Já estamos com parceria com a USP, UnB e UFC, todas interessadas no desenvolvimento da inovação produzida na Ufersa”.

Além da patente, o projeto também foi semifinalista no 2º Prêmio Euro Inovação na Saúde, além de finalistas no Programa Centelha do Rio Grande do Norte.

“Agradecemos a todas as pessoas envolvidas de forma direta ou indireta no projeto: docentes, técnicos de laboratório e estudantes, que trabalham ou já trabalharam nas pesquisas decorrentes dessa proposta científica. Seguimos empenhados para que continuemos a colher muitos frutos, e para que nossa pesquisa tenha efetiva aplicação e contribua significativamente para solucionar os problemas aos quais se volta”, concluiu Codes.


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