O Hospital Regional da Mulher Parteira Maria Correia, equipamento gerido pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), completa um ano de funcionamento nesta sexta-feira (29). O Hospital da Mulher, como é conhecido, está localizado em Mossoró e desde sua abertura tem contribuído para desafogar a demanda de mais de 60 municípios e quase um milhão de habitantes da região Oeste do Rio Grande do Norte, ofertando atualmente 27 serviços especializados e com 130 servidores atuando na unidade.
Neste primeiro ano de funcionamento o hospital, que representou um investimento superior a R$ 130 milhões por meio do projeto Governo Cidadão, realizou pouco mais de 7 mil atendimentos, com destaque para procedimentos de ginecologia (1505), pré-natal de alto e baixo risco (1083), mastologia (929), densitometria óssea (761), ultrassonografia (638), quase 500 atendimentos do serviço social e 400 mamografias, além da aplicação de palivizumabe (222), que possibilita aumentar a proteção de crianças contra a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
“É uma satisfação muito grande ver a evolução do atendimento às mulheres do nosso Oeste Potiguar ao longo deste ano de funcionamento do Hospital da Mulher. O que mostra também o tamanho do desafio que temos pela frente para ampliar e manter a excelência do serviço”, disse a secretária de Saúde Pública do RN, Lyane Ramalho.
Neste período de funcionamento, o Hospital da Mulher também notabilizou-se pela ampliação dos atendimentos a pessoas trans e travestis, às vítimas de violência na Sala Lilás, o programa de inserção de DIU em mulheres e o início do trabalho para instalação do ambulatório de reprodução humana assistida.
"Neste primeiro ano fazemos uma avaliação bastante positiva, tanto por já começar ofertando 27 serviços ambulatoriais especializados onde antes havia um vazio assistencial. O que impacta diretamente na mudança dos indicadores de mortalidade materna e infantil, e com isso também ampliamos o alcance da assistência às populações de maior vulnerabilidade, como é o caso das mulheres em situação de rua, ao atendimento às vítimas de violência e ao público transexual. Como também destacamos os muitos avanços quanto ao modo de gerir o hospital, por meio das práticas de gestão compartilhada e na qualificação dos nossos trabalhadores. Graças a isso estamos conseguindo ofertar uma assistência de qualidade e humanizada como preconiza o SUS. Para isso, definimos protocolos de segurança e fluxos para cada serviço e já temos pesquisas que apontam resultados positivos quanto à satisfação das pessoas que atendemos", avalia Elenimar Costa Bezerra, diretora geral do hospital.
ENSINO
Além da prestação de serviços médico-hospitalares, o Hospital da Mulher mantém uma importante relação interinstitucional com as instituições de ensino da região, a exemplo da cooperação de gestão acadêmica com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), o que possibilita um excelente campo de práticas aos estudantes de graduação e pós graduação da área da saúde.
"Atualmente são inúmeros projetos de ensino, pesquisa e extensão em andamento, onde estagiários, residentes, alunos em geral, aprendem e também qualificam nosso modo de fazer", explica Elenimar. Recentemente a unidade recebeu o Selo "SUS Aqui se Ensina" no nível 3 - Ensino, Pesquisa e Extensão. A certificação é concedida pela Sesap às instituições que valorizam as práticas da educação e do fomento à implementação e fortalecimento da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.
Dentre os vários serviços especializados, o ambulatório para pessoas com alergia à proteína do leite de vaca, que não existia na região e foi aberto em setembro, passou a possibilitar o diagnóstico, acompanhamento e a distribuição da fórmula, beneficiando diretamente mais de 200 famílias. Outra novidade foi a transferência do Banco de Leite de Mossoró, que passou a fazer parte do Hospital da Mulher em agosto, um equipamento estratégico para promoção e apoio ao aleitamento materno, sendo atualmente o principal suporte hoje à UTI Neonatal da Maternidade Almeida Castro e a futura UTI do próprio hospital