As análises do Sistema de Monitoramento da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) apontam um aumento na ocorrência de chuvas a partir da segunda quinzena de janeiro no Rio Grande do Norte.
“Como previsto, com a continuidade da condição de aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico, que caracterizam o fenômeno El Ñino, facilita a chegada de frentes frias no Nordeste. Essa condição deverá continuar nos meses de janeiro e fevereiro, devendo ser meses com chuvas acima do normal”, comentou Gilmar Bristot, chefe da unidade de Meteorologia da Emparn.
De acordo com Bristot, o primeiro dia do ano começou com chuvas principalmente na região Oeste do estado, e os dias seguintes foram seguidos de estiagem. “Tivemos chuva no primeiro dia do ano e nos dias seguintes observamos uma diminuição das chuvas. A previsão é que a partir da segunda quinzena as condições vão começar a apresentar mudanças com ocorrências de pancadas de chuvas principalmente na região Alto Oeste, Vale do Açu e na região litoral”, frisou.
Para Mossoró, a previsão é que a atuação da zona de convergência traga chuvas entre os dias 15 a 20 de janeiro. “As chuvas serão mais organizadas e devem atingir a região desde Aracati no Ceará até Mossoró, os sistemas meteorológicos que vão atuar deverão ajudar a trazer a zona de convergência para o litoral da Costa Branca trazendo chuvas nos próximos dias” explica.
Para fevereiro, a previsão deverá ser a mesma de janeiro. A chegada de uma umidade na região irá produzir uma instabilidade trazendo chuvas. Já em março, segundo Bristot, o enfraquecimento do fenômeno El Nino trará chuvas mais frequentes para a região.
“O resultado é que as chuvas nos meses de janeiro e fevereiro fiquem entre normal e acima do normal. Para o mês de março, com o enfraquecimento do El Nino, a frequência de chuvas deverá ser maior podendo se estender até os meses de abril a junho, com o final da quadra chuvosa com uma presença maior de chuvas”, explica Bristot.