10 MAI 2024 | ATUALIZADO 18:26
POLÍCIA
Cezar Alves
16/03/2024 20:18
Atualizado
16/03/2024 20:22

Ministério da Justiça já transferiu quase a metade dos presos do Presídio Federal de Mossoró

A transferência está acontecendo em segredo, por uma questão de segurança. Nesta sexta-feira, os policiais penais, com apoio da Força Nacional, transferiram mais 14 detentos do Presídio Federal de Mossoró através do Aeroporto de Aracati-CE. Antes, no dia 2 de março, já havia transferido 24, entre os quais Fernandinho Beira Mar. Quando aconteceu a fuga, o Presídio Federal de Mossoró, que tem capacidade para 208 presos, estava com mais ou menos 80 presos.
A transferência está acontecendo em segredo, por uma questão de segurança. Nesta sexta-feira, os policiais penais, com apoio da Força Nacional, transferiram mais 14 detentos do Presídio Federal de Mossoró através do Aeroporto de Aracati-CE. Antes, no dia 2 de março, já havia transferido 24, entre os quais Fernandinho Beira Mar. Quando aconteceu a fuga, o Presídio Federal de Mossoró, que tem capacidade para 208 presos, estava com mais ou menos 80 presos.
Foto: Pedro Cezar

O Ministério da Justiça já transferiu quase a metade dos presos (38) que estão no Presídio Federal de Mossoró (cerca de 80) após a funda de Deibson Cabral Nascimento, o Tatu, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, o Martelo, de 35 anos, ocorrida na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2024, uma quarta-feira de cinzas, e até hoje não foram recapturados.

Uma das razões pelas quais os presos estão sendo transferidos é para que o Ministério da Justiça consiga fazer reforma de estruturação nas 208 celas do Presídio Federal. Nas duas que o Tatu e o Martelo, do setor de isolamento, eles teriam conseguido retirar uma barra de ferro do concreto de uma mesa, aberto um buraco no concreto da parede, fugido por cima, chegando ao pátio, onde conseguiram alicate, cortado a cerca de arame farpado e fugido na direção da Serra Mossoró.

Para que a fuga ocorresse, seria necessária uma combinação absurda de problemas estruturais, que agora estão sendo corrigidos, segundo o Ministério da Justiça Ricardo Lewandowski. Entre os problemas: o concreto precisa ser recuperado, as 190 câmeras precisam ser substituídas, número de policiais penais precisam aumentar (74 foram convocados para Mossoró), construído uma muralha alta de concreto armado, atualizar os equipamentos de monitoramento e iluminação, entre várias outras medidas.

O Ministério da Justiça confirmou que o trabalho de reestruturação do Presídio Federal de Mossoró já começou, mas não informou se tem previsão de quando será concluído. Também não revelou os nomes dos presos transferidos e nem quem ficou em Mossoró, também por questões de segurança.   

Na primeira transferência, os policiais penais, com apoio da Força Nacional, conseguiram secretamente levar 24 presos de Mossoró para o Aeroporto de Aracati, onde embarcaram num jato da Polícia Federal com destino a Cascavel, no Estado do Paraná. De Cascavel, seguiram em comboio, bem escoltado, para o Presídio Federal de Catanduvas.

Esta transferência aconteceu no dia 2 de março. Na ocasião, o Ministério da Justiça explicou que a transferência se fazia necessário por uma questão de segurança interna. Eles fazem este rodízio de presos entre os Presídios Federais como forma de evitar que criminosos com alto poder aquisitivo consigam se fixar numa região e continuar a cometer crimes.

Entre os presos nesta primeira transferência, estava Luiz Fernando da Costa, Fernandinho Beira Mar, considerando um dos homens mais temidos no Brasil. Ele seria o líder máximo do Comando Vermelho, o que teria como membros dos fugitivos Tatu e Martelo, que são do Estado do Acre-AC, onde são condenados juntos a mais de 150 de prisão.

A segunda transferência, também em segredo, aconteceu nesta sexta-feira, 15, também pelo Aeroporto de Aracati. O mesmo sistema: 14 presos seguiram e comboio conduzido pela Polícia Penal Federal com apoio da Força Nacional e de Aracati embarcaram com destino não informado pela Secretaria Nacional de Política Penais (SENAPPEN).

Os policiais da Força Tarefa formada pelo Ministério da Justiça para procurar e recapturar os fugitivos Tatu e Martelo, continuam trabalham na região de fazendas e mata entre Baraúna, Maísa e Serra Mossoró. A área é extensa e tem muitos abrigos e alimentos de frutas, que podem estar sendo usados pelos dois fugitivos, que tem escapado por mais de 30 da polícia.


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