O grupo político da ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP) vem repetindo a estratégia adotada por Henrique Alves em 2014, quando apresenta o nome da ex-prefeita como candidata ao Poder Executivo mossoroense, e na verdade trabalha, nos bastidores, a indicação do deputado federal Beto Rosado (PP).
Em 2014, o PMDB tinha como pré-candidato ao Governo do Rio Grande do Norte o empresário e ex-ministro Fernando Bezerra, mesmo com a definição já tomada de Henrique ser o nome do partido na eleição.
Somente no mês de março, o atual ministro do Turismo confirmou que disputaria as eleições de 2014. Faltando sete meses para as convenções de 2016, o rosalbismo continua declarando que o seu principal nome será a candidata do grupo no pleito municipal, quando o desejo real de Rosalba é retornar ao Senado Federal, em 2018.
Mesmo favorita, a ex-prefeita sabe que um possível retorno ao Palácio da Resistência, nesse cenário de crise e com as finanças da Prefeitura em situação completamente diferente de quando governou a cidade, poderia trazer sérios prejuízos para o seu projeto político futuro.
Soma-se a isso ainda a sua desaprovação recorde na administração do Governo do Estado, que colocou em xeque a imagem de boa gestora que Rosalba possuía. Estaria a “Rosa” disposta a enfrentar o risco, e comprometer um provável retorno ao Senado Federal, derrotando, possivelmente, em uma disputa direta o seu antigo correligionário José Agripino?
Beto Rosado
Não é de agora que o nome do deputado Beto Rosado vem sendo trabalhado para uma candidatura ao Palácio da Resistência, mas é agora que o parlamentar vê possibilidades reais dessa conjuntura ser confirmada.
Informações de bastidores apontam, inclusive, que a chapa do Rosalbismo já estaria formada: Beto Rosado e Aldo Fernandes. O ex-presidente da OAB Mossoró não confirma, mas também não nega que deverá ser a indicação do PMDB para compor a chapa com o Partido Progressista (PP).
Em conversa recente com a equipe do portal MOSSORÓ HOJE, Aldo Fernandes revelou que se filiará novamente ao PMDB logo após se desligar, em fevereiro, da Ordem dos Advogados do Brasil, onde ainda exerce a função de conselheiro federal suplente.
“Fico muito feliz em ter o meu nome lembrado, pela segunda vez, como alternativa para representar o partido. Mas é importante frisar que são apenas conjecturas, nós não conversarmos oficialmente sobre essa possibilidade ainda”, informou Aldo ao MOSSORÓ HOJE.