14 NOV 2024 | ATUALIZADO 12:30
POLÍCIA
ANNA PAULA BRITO
11/11/2024 18:25
Atualizado
11/11/2024 18:25

Réu vai a júri popular por ter cometido um homicídio motivado por boatos sobre a “honra” da filha dele

José Veríssimo da Silva, de 67 anos, será julgado nesta terça-feira (12), pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, crime ocorrido no ano de 2001, em Mossoró. O réu, na época com 45 anos, matou a vítima movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos, fato que teria sido descartado por exame realizado pelo Itep. O júri sobre este caso deveria ter sido realizado no mês de agosto, mas acabou sendo adiado para esta terça-feira (12), pelo fato de o advogado do réu não ter comparecido ao fórum no dia marcado anteriormente.
Réu vai a júri popular por ter cometido um homicídio motivado por boatos sobre a “honra” da filha dele. José Veríssimo da Silva, de 67 anos, será julgado nesta terça-feira (12), pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, crime ocorrido no ano de 2001, em Mossoró. O réu, na época com 45 anos, matou a vítima movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos, fato que teria sido descartado por exame realizado pelo Itep. O júri sobre este caso deveria ter sido realizado no mês de agosto, mas acabou sendo adiado para esta terça-feira (12), pelo fato de o advogado do réu não ter comparecido ao fórum no dia marcado anteriormente.

José Veríssimo da Silva, hoje com 67 anos, será julgado nesta terça-feira (12), no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, pelo homicídio de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, ocorrido em Mossoró, no ano de 2001.

Apesar dos 23 anos de atraso, o júri sobre este caso deveria ter sido realizado no dia 27 de agosto deste ano, mas acabou sendo adiado para esta terça-feira (12), pelo fato de o advogado do réu não ter comparecido ao fórum no dia marcado anteriormente.

O réu, na época com 45 anos, matou a vítima por motivo torpe, movido por boatos de que ela teria tirado a virgindade da filha dele, uma menina de 13 anos.

Após o crime, ele fugiu e só foi localizado recentemente, no estado do Maranhão, onde vive atualmente. Por este motivo, o júri levou 23 anos para ser marcado.

Nesta terça, a acusação, representando o Ministério Público do Rio Grande do Norte, será realizada pelo promotor Ítalo Moreira Martins, enquanto a defesa do réu ficará a cargo do advogado Leonardo de França Silva.

O Júri está previsto para ser iniciado às 9h, sendo presidido pelo Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.

O CASO

De acordo com a denúncia, baseada no inquérito policial da época, no dia 28 de agosto de 2001, José Veríssimo da Silva, na época com 45 anos, foi até a casa de Armando Leite de Souza, conhecido por “Ném”, localizada no Alto de São Manoel, e desferiu 5 tiros contra ele, que morreu no local.

José chegou a comparecer na delegacia, dias depois onde foi ouvido pelo delegado Denis Carvalho. Ele alegou que conhecia a vítima há cerca de dois anos, visto que ela sempre bebia em seu bar, acompanhada de uma mulher, que seria sua amante.

Francisco contou que ouviu boatos de que Armando e a mulher estavam espalhando que Armando havia tirado a virgindade da filha de Francisco, uma adolescente que na época tinha 13 anos.

O réu foi até a delegacia e denunciou o caso como crime de estupro, tendo o delegado aberto uma investigação. A adolescente foi submetida a uma exame de conjunção carnaval, realizado pelo Itep, que deu resultado negativo, provando que a menina ainda era virgem.

Apesar das provas, Francisco não acreditou e chegou a alegar que o perito havia sido comprado por Armando e seguiu alegando que continuava ouvindo boatos sobre o suposto estupro.

Movido pela raiva, ele então foi até o mercado do vuco-vuco e comprou uma cartela com 8 munições de revólver. No dia 28 de agosto, foi até a casa de Armando para matá-lo.

No local, Francisco encontrou a esposa da vítima, se apresentou como Antônio e pediu que ela a chamasse. Quando Armando foi se aproximando, Francisco desferiu 5 tiros contra ele, que morreu no local.

Em seguida, o réu fugiu em uma motocicleta, foi até um bar no Bom Jesus, onde contou a populares que havia matado Armando e pediu que informasse aos seus familiares que iria fugir da cidade.

Fato que realmente aconteceu, permanecendo foragido por 23 anos.


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