O então candidato a vice-presidente de Jair Messias Bolsonaro, em 2022, general Walter Souza Braga Neto, de 67 anos, foi preso no início da manhã deste sábado, 14, pela Polícia Federal, por atrapalhar as investigações e comprometer a produção de provas durante a instrução do processo penal.
A prisão aconteceu em Copacabana, no estado do Rio de Janeiro. O general da reserva foi entregue ao Comando Militar do Leste, onde deve ficar custodiado pelo Exército.
Além de prendê-lo, a Polícia Federal está cumprindo ordens de busca e apreensão nos imóveis dele. Braga Neto é ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, do Governo Bolsonaro.
A prisão aconteceu no âmbito do inquérito da polícia Federal que investiga a tentativa de golpe de estado, inclusive com assassinatos do então presidente eleito Lula, do vice-presidente eleito Alckmin e do ministro Alexandre de Morais, presidente do STF.
O plano teria sido abordado no último momento, pois dois generais da alta cúpula do Exército se negaram patrocinar a abolição violenta do Estado democrático de direito no Brasil. Braga Neto era exatamente a pessoa que atuava diretamente para colegas aderirem ao golpe.
Segundo reportagem do G1, a PF apontou que Braga Neto era a pessoa central da trama golpista. Era o arquiteto do golpe de estado, com reuniões realizadas na casa dele e financiamento direto, agindo, sempre, sob o comando de Bolsonaro, informa a PF.
No caso de o golpe de estado ter dado certo
Se estivesse dado certo a trama golpista, a PF aponta que Braga Nego e o colega de ministério e também general Augusto Heleno, formariam um gabinete de crime pós golpe, sendo Braga Nego o coordenador geral.