26 FEV 2025 | ATUALIZADO 17:45
EDUCAÇÃO
26/02/2025 14:34
Atualizado
26/02/2025 14:34

Mossoró registrou a maior taxa de crianças de 0 a 3 anos na pré-escola em 2022

A frequência escolar e o nível de instrução da população brasileira foi divulgada nesta quarta-feira (26), pelo IBGE. Os dados revelaram que o grupo de pessoas de 6 a 14 anos apresentou a maior taxa de frequência escolar no Brasil (98,26%), tendência observada em todas as regiões e estados, incluindo o RN (98,50%). No estado, 32,55% das crianças de 0 a 3 anos estavam em creches, percentual superior ao do Nordeste, mas inferior ao nacional. Entre os municípios analisados, Mossoró registrou a maior taxa de crianças de 0 a 3 anos na pré-escola (31,59%).
Mossoró registrou a maior taxa de crianças de 0 a 3 anos na pré-escola em 2022. A frequência escolar e o nível de instrução da população brasileira foi divulgada nesta quarta-feira (26), pelo IBGE. Os dados revelaram que o grupo de pessoas de 6 a 14 anos apresentou a maior taxa de frequência escolar no Brasil (98,26%), tendência observada em todas as regiões e estados, incluindo o RN (98,50%). No estado, 32,55% das crianças de 0 a 3 anos estavam em creches, percentual superior ao do Nordeste, mas inferior ao nacional. Entre os municípios analisados, Mossoró registrou a maior taxa de crianças de 0 a 3 anos na pré-escola (31,59%).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, nesta quarta-feira (26), os novos dados do Censo Demográfico 2022, abordando a frequência escolar e o nível de instrução da população brasileira.

Os dados revelaram que o grupo de pessoas de 6 a 14 anos apresentou a maior taxa de frequência escolar no Brasil (98,26%), tendência observada em todas as regiões e estados, incluindo o Rio Grande do Norte (98,50%). Nessa faixa etária ocorre a obrigatoriedade da matrícula no ensino fundamental, demonstrando alta adesão escolar em todos os níveis.

No contexto nacional, o Rio Grande do Norte apresentou taxas de frequência acima da média do Nordeste na maioria dos grupos etários, com destaque para crianças de 4 a 5 anos (91,83%) e jovens de 15 a 17 anos (87,49%), superando tanto a média nordestina (85,74%) quanto a nacional (85,25%).

Além disso, a taxa de frequência entre jovens de 18 a 24 anos no estado (32,10%) foi

superior às médias nacional (27,68%) e nordestina (26,70%), sugerindo maior acesso ao ensino superior ou técnico.

Entre os municípios analisados, São Gonçalo do Amarante registra a maior taxa para 6 a 14

anos (99,02%), enquanto Parnamirim se destaca na faixa de 15 a 17 anos (90,81%) e na frequência de adultos (9,15%). Já Natal apresenta uma taxa relativamente alta para 18 a 24 anos (38,06%), semelhante a Parnamirim (38,64%).

Segundo o sexo, os dados mostraram que, no Brasil, a taxa bruta de frequência escolar foi

ligeiramente maior entre homens (26,92%) do que entre mulheres (26,02%). No Nordeste, essa diferença persistiu em 2022, com 28,01% para homens e 26,89% para mulheres.

No Rio Grande do Norte, a taxa seguiu o mesmo padrão: 28,09% para homens e 26,91% para mulheres. Entre os municípios analisados, São Gonçalo do Amarante apresentou os maiores índices, com 31,06% para homens e 30,08% para mulheres. Parnamirim também registrou taxas elevadas (30,25% e 28,60%, respectivamente). Natal apresentou a menor taxa para mulheres (25,91%), enquanto Mossoró teve a menor para homens (28,98%).

A frequência de crianças de até 5 anos em instituições de ensino variou conforme a modalidade e a região, como revelaram os dados do Censo Demográfico 2022. No Brasil, 36,31% das crianças de 0 a 3 anos frequentavam creches, enquanto 38,90% das de 4

a 5 anos estavam na pré-escola. No Nordeste, esses percentuais foram menores para creches (29,10%) e maiores para pré-escolas (41,65%).

No Rio Grande do Norte, 32,55% das crianças de 0 a 3 anos estavam em creches, percentual superior ao do Nordeste, mas inferior ao nacional. Já na faixa de 4 a 5

anos, 32,40% frequentavam a pré-escola, abaixo das médias regional e nacional.

Entre os municípios analisados, Mossoró registrou a maior taxa de crianças de 0 a 3 anos na pré-escola (31,59%). Natal se destacou na frequência de crianças nessa faixa etária no ensino fundamental (11,9%). São Gonçalo do Amarante teve o maior percentual de crianças de 4 a 5 anos na pré-escola (40,03%), enquanto Parnamirim apresentou a maior frequência de crianças de 0 a 3 anos no ensino fundamental (9,22%).

Os dados do Censo Demográfico para educação revelaram a frequência escolar de pessoas com 18 anos ou mais no ensino superior e na pós-graduação. No Brasil, a taxa de matrícula na graduação foi semelhante entre jovens de 18 a 24 anos (22,42%) e adultos com 25 anos ou mais (22,49%). No Nordeste, esses percentuais foram menores, alcançando 20,10% e 18,32%, respectivamente.

No Rio Grande do Norte, a frequência na graduação entre 18 e 24 anos foi de 20,93%, enquanto entre os mais velhos atingiu 19,78%. Em Natal, os números foram superiores, com 22,37% e 22,97%.

No Brasil, 5,47% das pessoas com 25 anos ou mais frequentavam especialização, contra

apenas 1,02% dos jovens. No Rio Grande do Norte, a taxa de especialização foi de 5,19% para os mais velhos.

Natal se destacou nesse cenário, com 6,14% da população de 25 anos ou mais cursando especialização, 2,31% em mestrado e 1,61% em doutorado, valores acima das médias estadual e nacional.

Esse desempenho pode refletir a presença de instituições de ensino superior na cidade ou

uma maior oferta de programas de pós-graduação, além do maior interesse da população nesses programas educacionais.

Os dados evidenciaram a maior escolaridade feminina em pessoas com 18 anos ou mais de

idade em todos os níveis de ensino superior no Brasil, especialmente no Rio Grande do Norte e em Natal.

Nacionalmente, 26,16% das mulheres frequentavam a graduação, enquanto entre os homens a taxa era de 18,76%. Essa diferença também se reflete na pós-graduação, com 4,12% das mulheres em especialização, contra 2,38% dos homens, além de maior presença feminina no mestrado (0,91% contra 0,69%) e doutorado (0,46% contra 0,39%)

No Rio Grande do Norte, as mulheres superaram os homens em todas as categorias, destacando-se no mestrado (1,1% contra 0,74%) e no doutorado (0,53% contra 0,43%). Em Natal, essa diferença foi ainda mais evidente, com 1,69% das mulheres cursando mestrado e 1,01% em doutorado, enquanto entre os homens os percentuais foram de 0,97%

e 0,63%, respectivamente.

No Brasil, 0,97% dos homens e 0,61% das mulheres entre 18 e 24 anos não concluíram o ensino fundamental ou não tinham instrução, faixa etária em que se espera a finalização do ensino básico. No Nordeste, esses percentuais foram mais elevados, atingindo 1,40%

entre os homens e 0,83% entre as mulheres.

No Rio Grande do Norte, a situação foi ainda mais acentuada, com 1,51% dos homens e 0,95% das mulheres nessa condição, superando as médias nacional e regional. Em Natal, Mossoró e Parnamirim, observou-se a mesma tendência, com maior percentual de homens sem instrução ou com ensino fundamental incompleto.

O cenário reflete desigualdades educacionais e pode indicar maiores dificuldades de permanência na escola, especialmente entre os homens, reforçando a necessidade de políticas públicas voltadas à conclusão do ensino básico e redução da evasão escolar.

Os indicadores produzidos pelo Censo 2022 revelaram diferenças na proporção de

jovens de 18 a 24 anos sem instrução ou com ensino fundamental incompleto no Rio Grande do Norte. João Câmara liderou com 5,70%, seguido por Caiçara do Norte (5,26%) e Baraúna (5,23%).

No extremo oposto, municípios como Ipueira (0,62%), Cruzeta (0,92%) e Ruy Barbosa (1,03%) apresentam as menores taxas. A desigualdade entre os sexos é evidente, com os homens registrando percentuais mais altos de baixa escolaridade em todos os municípios analisados.

Os números para educação revelaram diferença na conclusão do ensino superior entre homens e mulheres no Brasil. Nacionalmente, 9,96% das mulheres possuíam

ensino superior completo, em comparação com 6,79% dos homens. No Nordeste, essa diferença se mantém, com percentuais de 7,41% para mulheres e 4,30% para homens.

No Rio Grande do Norte, os índices foram semelhantes à média nordestina, com 8,35% das

mulheres e 5,25% dos homens concluindo o ensino superior. Em Natal e Parnamirim, os percentuais foram mais elevados, superando a média estadual. Esses números reforçam a maior presença feminina no ensino superior, evidenciando avanços na escolarização, mas também possíveis desafios no acesso masculino à educação superior.

Diferenças foram observadas na conclusão do ensino superior entre os municípios do Rio

Grande do Norte. Parnamirim liderou com 26,19% da população com nível superior completo, seguido por Natal (22,45%) e Mossoró (17,77%). Caicó e Pau dos Ferros também apresentaram percentuais elevados.

Por outro lado, municípios como Sítio Novo (2,81%), Ielmo Marinho (2,85%) e Jardim de Angicos (2,94%) possuíam os menores índices. A diferença entre homens e mulheres se

mantém expressiva, reforçando a maior presença feminina na educação superior em todo o estado. Em todos os locais, o percentual das mulheres é superior à dos homens.

Quanto às áreas de formação superior, observou-se que variam entre homens e mulheres. O curso mais comum para ambos foi Negócios, Administração e Direito, com 90.966 graduados, sendo 46.856 mulheres e 44.110 homens. Entre as mulheres, a segunda área mais escolhida foi Educação, com 58.012 graduadas, enquanto apenas 8.155 homens concluíram cursos nessa área.

Já a Saúde e Bem-Estar ocupou a terceira posição entre as mulheres, com 44.769 formadas. Os homens, por sua vez, apresentaram maior representatividade em Engenharia, Produção e Construção, com 16.897 graduados, frente a apenas 9.042 mulheres.

Na área de Computação e Tecnologias da Informação, a diferença também foi expressiva: 5.166 homens contra 1.108 mulheres. Esses dados refletem diferenças históricas na escolha de carreiras entre os sexos, com mulheres predominando em áreas sociais e da saúde, enquanto os homens se concentram em engenharias e tecnologia (Tabela 10).

Para o número médio anos de estudo por cor ou raça, os dados evidenciaram

desigualdades educacionais. No Rio Grande do Norte, a média de anos de estudo (8,8) estava acima da média nordestina (8,5), mas abaixo da nacional (9,5). Pessoas brancas no estado apresentavam maior escolaridade (9,5 anos), enquanto pessoas pretas (7,8) e indígenas (7,5) possuíam os menores índices.

Dentre os municípios analisados, Parnamirim se destacou com 10,9 anos, superando a média nacional, enquanto Mossoró (9,7) e Natal (10,3) também apresentaram bons índices.

Sobre a taxa bruta de frequência escolar da população indígena, observou-se variação

conforme a idade. No Brasil, a frequência foi alta entre 6 e 14 anos (93,35%), mas caiu para 26,65% entre 18 e 24 anos. No Nordeste, os índices foram superiores à média nacional para crianças e adolescentes.

No Rio Grande do Norte, a frequência entre 6 e 14 anos atingiu 99,38%, destacando-se

no cenário nacional. No entanto, a participação caiu para 5,11% entre os indígenas com 25 anos ou mais.

O Censo 2022 revelou ainda que a maioria da população indígena de 18 anos ou mais tinha

baixa escolaridade. No Brasil, 45,3% não concluíram o ensino fundamental, percentual que aumentou para 47,7% no Nordeste e 53,9% no Rio Grande do Norte.

Entre os jovens indígenas de 18 a 24 anos no estado, 5,8% estavam nessa condição, enquanto entre os maiores de 25 anos a taxa foi de 48,2%. Por outro lado, apenas 7,7% dos indígenas no Rio Grande do Norte concluíram o ensino superior, percentual semelhante ao do Nordeste e do Brasil.

Os dados do Censo 2022 mostraram que a escolaridade dos indígenas no Rio Grande do Norte variou entre os sexos. Entre os homens, 27,4% não concluíram o ensino fundamental, enquanto entre as mulheres o percentual foi de 26,6%. A conclusão do ensino superior também foi maior entre as mulheres indígenas (5,3%) do que entre os homens (2,4%).

Esse padrão se repetiu no Nordeste e no Brasil, onde as mulheres apresentaram percentuais superiores de nível superior completo em comparação aos homens.

No Rio Grande do Norte, a maioria dos indígenas com ensino superior completo se formou na área da Educação, com 276 graduados. Em seguida, destacaram-se Artes e Humanidades (115) e Ciências Sociais, Comunicação e Informação (73).

Áreas como Saúde e Bem-estar (32) e Engenharia, Produção e Construção (31) apresentaram menor participação. Já Ciências Naturais, Matemática e Estatística teve o menor número de graduados indígenas, com apenas 11 pessoas.

A taxa bruta de frequência escolar no Rio Grande do Norte apresentou avanços significativos entre 2000 e 2022, especialmente nas faixas etárias mais jovens. A cobertura na educação infantil (0 a 3 anos) passou de 14,7% em 2000 para 31,4% em 2022, enquanto na faixa de 4 a 5 anos cresceu de

69,6% para 91,8%.

No ensino fundamental (6 a 14 anos), houve uma alta taxa de cobertura, passando

de 93,9% para 98,5%. No ensino médio (15 a 17 anos), a taxa subiu de 78,0% para 87,5%. Já entre 18 e 24 anos, os valores oscilaram, com leve crescimento de 34,4% para 32,1% em 2022.

Entre 2000 e 2022, o nível de instrução da população do Rio Grande do Norte apresentou

evolução importante. A parcela da população sem instrução ou com ensino fundamental incompleto reduziu-se de 69,3% em 2000 para 42,6% em 2022, indicando maior acesso à educação.

O percentual daqueles com ensino fundamental completo e médio incompleto cresceu de 9,6% para 13,2%. Já a proporção de pessoas com ensino médio completo e superior incompleto aumentou de 15,0% para 29,1%. O maior avanço ocorreu no ensino superior completo, que passou de 4,6% para 15,1%, evidenciando um crescimento de aproximadamente 3 vezes nos últimos 20 anos.


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