06 MAR 2025 | ATUALIZADO 19:25
NACIONAL
COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL
05/03/2025 17:23
Atualizado
05/03/2025 17:23

Justiça britânica retoma julgamento sobre caso do rompimento da barragem da Samarco

A ação, impetrada pelo escritório de advocacia Pogust Goodhead (PG), que representa 620 mil pessoas, 1.500 empresas e 46 municípios atingidos pela tragédia, julga a responsabilização da mineradora angloaustraliana BHP em relação ao rompimento da barragem, ocorrido em 2015, na cidade de Mariana (MG). O escritório PG defende que a mineradora BHP deve ser responsabilizada, uma vez que era controladora da Samarco e, portanto, responsável por suas decisões comerciais, além de beneficiária e financiadora da atividade de mineração que causou o desastre.
Justiça britânica retoma julgamento sobre caso do rompimento da barragem da Samarco. A ação, impetrada pelo escritório de advocacia Pogust Goodhead (PG), que representa 620 mil pessoas, 1.500 empresas e 46 municípios atingidos pela tragédia, julga a responsabilização da mineradora angloaustraliana BHP em relação ao rompimento da barragem, ocorrido em 2015, na cidade de Mariana (MG). O escritório PG defende que a mineradora BHP deve ser responsabilizada, uma vez que era controladora da Samarco e, portanto, responsável por suas decisões comerciais, além de beneficiária e financiadora da atividade de mineração que causou o desastre.

A Justiça britânica retomou nesta quarta-feira (5) o julgamento sobre a responsabilização da mineradora angloaustraliana BHP em relação ao rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015. A Samarco é uma joint venture da brasileira Vale com a subsidiária da BHP no Brasil.

A ação foi impetrada pelo escritório de advocacia Pogust Goodhead (PG), que representa 620 mil pessoas, 1.500 empresas e 46 municípios atingidos pela tragédia.

Nos dias 5, 6, 7 e 13 de março, os advogados das vítimas farão suas alegações finais. De 10 a 12 de março, será a vez da defesa da mineradora BHP.

O julgamento, a cargo da Corte de Tecnologia e Construção de Londres, foi iniciado em 21 de outubro do ano passado e passou por várias fases, como os depoimentos de testemunhas e de especialistas em direitos ambiental, civil e societário brasileiros.

Apesar de o julgamento estar sendo feito no Reino Unido, a Justiça britânica considerará a legislação brasileira para decidir se a BHP pode ser responsabilizada pelo rompimento da barragem de uma empresa da qual era uma das controladoras.

A Vale não é ré nessa ação, mas outro processo foi impetrado pelo PG contra a mineradora brasileira na Justiça holandesa, uma vez que a Vale tem subsidiária na Holanda

O escritório PG defende que a mineradora BHP deve ser responsabilizada, uma vez que era controladora da Samarco e, portanto, responsável por suas decisões comerciais, além de beneficiária e financiadora da atividade de mineração que causou o desastre.

Já a BHP afirma que a Samarco sempre foi uma empresa com operação e gestão independentes.

A previsão do escritório PG é que a juíza responsável pelo caso, Finola O'Farrell, divulgue a sentença até meados deste ano. Caso a BHP seja considerada responsável, um novo julgamento definirá o valor das possíveis indenizações. O PG estima que os valores a serem pagos às vítimas do rompimento girem em torno de R$ 230 bilhões.

No Brasil, em novembro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou um acordo que prevê o pagamento de R$ 170 bilhões para reparação e compensação dos danos causados pelo desastre ambiental.

O rompimento da barragem de rejeitos de mineração ocorreu em 5 de novembro de 2015, no distrito de Bento Rodrigues, que foi totalmente destruído pela lama. Dezenove pessoas morreram, três estão desaparecidas e 600 ficaram desabrigadas.

Aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos foram despejados no meio ambiente, atingindo 49 municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo. A lama percorreu 663 quilômetros pela Bacia do Rio Doce, até atingir o mar do litoral capixaba.


Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário