15 ABR 2025 | ATUALIZADO 18:41
MOSSORÓ
ANA CLARA OLIVEIRA
11/04/2025 15:40
Atualizado
11/04/2025 15:40

Produtor teme perder até metade da safra por falta de mão de obra

Auriberg Leite de Souza, conhecido por Berg da Acerola, de 49 anos, tem 3,5 hectares de acerola plantados e produzindo – Fazenda Acerolândia. Estimativa de safra para este mês de abril é de 6 toneladas, porém está fazendo um grande esforço com apoio de familiares para aproveitar pelo menos metade disto. A falta de mão de obra também o impede de aumentar área de plantio ou expandir com outros cultivos.
Auriberg Leite de Souza, conhecido por Berg da Acerola, de 49 anos, tem 3,5 hectares de acerola plantados e produzindo – Fazenda Acerolândia. Estimativa de safra para este mês de abril é de 6 toneladas, porém está fazendo um grande esforço com apoio de familiares para aproveitar pelo menos metade disto. A falta de mão de obra também o impede de aumentar área de plantio ou expandir com outros cultivos.
Foto: Pedro Cezar

A acerola, é uma fruta típica do semiárido nordestino, e apesar das boas condições climáticas para uma safra promissora, muitos produtores saem no prejuízo porque não conseguem colher tudo que produzem. O motivo? a falta de mão de obra para trabalhar no campo.

Na comunidade de Pomar, no Polo Maísa, zona rural do município de Mossoró seu Auriberg Leite de Souza, de 49 anos, começou a plantar em 2021, de lá pra cá a atividade se tornou a principal fonte de renda da família. A agricultor possui 3,5 hectares de acerolas e sua produção é direcionada para o mercado de polpas da região.

A sua aposta é na acerola junco “ela é mais resistente ao tempo de colheita, com ela não em muita perca, muito desperdício e o mercado procura mais por ela.” A propriedade conta com poço que chega gerar 18 mil litros de água por hora, que irriga os pés por sistema de gotejamento e a garantem a manutenção para a próxima safra.

A acerola de Mossoró tem qualidade reconhecida e abastece mercados locais e até indústrias de polpas e sucos fora estado. A escassez desses trabalhadores rurais tem se intensificado nos últimos anos. Os Jovens, principalmente, migram para a cidade em busca de estuados e sentem que a sazonalidade da remuneração das produções agrícolas pode comprometer o sustento da casa permanecem nas cidades desenvolvendo atividades urbanas.

Mesmo com essa falta de mão de obra, Seu Berg não se entristece e segue colhendo e sua estimativa é de 6 toneladas de acerolas somente para a safra de abril. Ele teme que se não aparecer mão de obra, mesmo oferecendo extra, metade da produção se perca no chão.

Nem ao menos terminou a colheita de abril, já tem planejado a preparação do pomar para a próxima.

“A gente tá no tempo de colheita, mas você perceber que eu já estou passando a roçadeira... após 15 dias vamos fazer a limpeza no lote todo, começar a irrigar, podamento para suspender as acerolas, 40 dias já preparamos para a safra seguinte.”

Enquanto isso, a acerola segue caindo do pé, símbolo de uma produção que resiste, mas sente falta de braços que a sustentem. A continuar neste rítimo, Berg, que recebe ajuda da família para colher a safra, teme perder até 50% das acerolas.

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