O Médico Legista, Jeronimo Rolim, do instituto Técnico-científico de Polícia (ITEP/Natal), concluiu que o detento José Damião Fernandes, de 36 anos, não morreu em função de um tiro e sim devido a uma furada provocada por algum objeto, como faca, ponta de ferro, chave de fenda ou coisa do tipo, durante um princípio de rebelião sábado, 19, em Mossoró.
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O princípio de rebelião estava acontecendo no pavilhão 5 do Complexo Penal Agrícola Doutor Mário Negócio, onde tem cerca de 100 presos, no final da tarde de sábado.
Os detentos estavam se recusando a retornarem para as celas, após as visitas, alegando que a energia havia parado de funcionar.
Os agentes desconfiaram que a energia poderia ter parado de funcionar em função de algum curto circuito causado pelos próprios presos do pavilhão 5.
Haviam dois agentes penitenciários de plantão e exigiram o retorno dos quase 100 presos para suas celas. Os presos se recusaram e começaram a atirar pedras nos agentes, que revidaram com tiros. Foi quando apareceu José Damião com o furo no peito.
Os presos e os familiares disseram que foi tiro. José Damião foi socorrido, mas não resistiu. No Itep Mossoró, num exame superficial, já que nesta unidade o raio x ainda não funciona, não foi encontrada orifício de saída e nem vestígios de tiro no ferimento.
O corpo de José Damião foi enviado para exames mais apurados em Natal. O médico legista Jerônimo Rolin fez raio x do local e aplicou outros métodos de investigação e concluiu que a perfuração não foi tiro e sim algo causado por um objeto pontiagudo.
Após ter sido examinado, o corpo foi transportado para Mossoró e entregue a família, para velório e sepultamento. O caso será investigado em inquérito policial conduzido pela Delegacia de Homicídios de Mossoró.
Com informações de O Câmera