29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
NACIONAL
Da redação
22/02/2016 07:05
Atualizado
13/12/2018 14:01

Se me cassarem, levo metade do Senado comigo , afirma Delcídio do Amaral

A frase foi entendida como uma ameaça de que o senador está decidido a entregar seus colegas, caso deem continuidade ao processo de cassação, lhe tirando a cadeira parlamentar.
Pedro Ladeira / Folhapress

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que deixou a prisão depois de três meses e volta ao Senado ainda nesta semana, estuda tirar uma licença de até 120 dias, já avisou que não admitirá ter seu mandato cassado e mandou um recado aos seus pares que entraram no Conselho de Ética do Senado com processo de cassação contra seu mandato.

"Se me cassarem, levo metade do Senado comigo", afirmou o senador a interlocutores. A frase foi entendida como uma ameaça de que está dicidido a entregar seus colegas caso lhe tirem a cadeira parlamentar.

Uma das maiores preocupações do senador é ter o mandato cassado porque, com isso, ele perderia o chamado foro privilegiado e seu caso iria parar nas mãos do juiz Sérgio Moro, do Paraná, que tem sido célere em suas decisões envolvendo réus da Operação Lava Jato.

O processo de cassação contra o senador foi aberto no Conselho de Ética da Casa após representação feita por dois partidos, Rede Sustentabilidade e o PPS, e está sob a relatoria do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO).

Na semana passada, os advogados de Delcídio protocolaram a defesa prévia no Conselho de Ética do Senado e entraram com um pedido de impedimento do relator, Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), alegando falta de isenção.

Diante disso, o presidente do Conselho, João Alberto (PMDB-MA), disse que convocaria reunião na terça ou na quarta-feira para os membros do Conselho decidirem se mantêm ou não Ataídes como relator do processo. Se votarem pela impugnação do relator, o prazo para apresentação do relatório é suspenso e um novo sorteio para relator, feito.

Situação semelhante aconteceu com o ex-deputado Roberto Jeferson, ex-presidente do PTB e delator do mensalão, e do atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ambos ameaçaram seus pares em caso de cassação.

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