19 SET 2024 | ATUALIZADO 12:22
POLÍCIA
Da redação
06/04/2015 08:48
Atualizado
13/12/2018 03:34

?O Estado não controla o interior dos presídios?, diz juiz corregedor

O magistrado Henrique Baltazar, que atua na Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do RN, afirmou ainda que discurso não resolve o problema da segurança pública. Cobra investimentos!
Reprodução/You tube

O juiz corregedor do sistema prisional do Rio Grande do Norte, Henrique Baltazar Vilar dos Santos, reafirmou em sua conta no Facebook nesta segunda-feira, 06, sua preocupação com a segurança nos presídios do Estado.

A preocupação do magistrado foi tornado público via rede social após a fuga de 32 presos do pavilhão 2 de Alcaçuz na madrugada desta segunda-feira, 6, por um túnel.

Desta vez, o juiz utilizou novamente das redes sociais para se referir a fuga de presos da Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, que ocorreu neste feriado.

Segundo o corregedor, “Se o governo do RN continuar com a mesma política de segurança, a situação vai piorar. Discruso não resolve o problema da segurança no Estado".

“Vou repetir: o Estado não controla o interior dos presídios”, destaca Henrique Baltazar.

Segundo ele, “ou o Governo age com mais coragem e vontade ou a situação de insegurança dos potiguares vai pior e muito”.

Em sua publicação na rede social Facebook, Henrique destaca ainda que o pavilhão 2, na Penitenciária de Alcaçuz, é onde estão os presos que integram o Primeiro Comando da Capital (PCC), responsável pelas rebelições ocorridas nos presídios do RN ao longo de março deste ano.

O Governo do Estado, por sua vez, afirmou que vai instaurar uma sindicância para apurar as responsabilidades.

Veja nota escrita pelo juiz corregedor Henrique Baltazar na íntegra.

Para que saibam que avisei: a fuga de hoje foi a primeira mas outras acontecerão, porque os presos controlam os presídios internamente. Sem grades nas celas e sem revistas diárias eles podem cavar túneis com facilidade.
A situação da Cadeia Pública de Natal e de vários CDPs é igualmente precária. Poderão ocorrer fugas em massa em alguns deles.
As coisas podem mudar se o governo agir de verdade: precisa liberar dinheiro não só para reconstruir os presídios semidestruídos, mas principalmente para construir outros (e não falo só da Cadeia Pública de Ceará Mirim, cuja verba está disponível há mais de um ano), mas de vários CDPs (de verdade, não as carceragens transformadas em presídios que existem pelo RN), o que pode ocorrer em poucos meses.
Além disso, impõe-se ocupar os presídios atuais, fazendo incursões diárias em todas as unidades, buscando armas, drogas, celulares e túneis em construção.
Se não o fizerem aquela previsão alarmista do início desta postagem vai acontecer e não serão impedidas por discursos.

Notas

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