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MOSSORÓ
Da redação
17/03/2016 09:50
Atualizado
13/12/2018 01:02

Empresa investigada pelo MP executou Cidade Junina entre 2005 e 2014

Somente no ano de 2009 a Gondim e Garcia não realizou o evento. Já em 2015, a festa foi executada pela Ferdebez Produções, quando custou 50% a menos do que os valores referentes a 2013.
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A empresa Gondim e Garcia Produções, investigada pelo Ministério Público na Operação “Anarriê”, foi a responsável pela execução do Mossoró Cidade Junina entre os anos de 2005 e 2014, não promovendo o evento apenas no ano de 2009.

Em 2013, na gestão da ex-prefeita Cláudia Regina, a Gondim e Garcia recebeu da Prefeitura 3.987.363,83 para execução do Mossoró Cidade Junina. No evento de lançamento da edição daquele ano, o então secretário municipal de cultura, Gustavo Rosado, havia anunciado que a festa custaria R$ 5 milhões, sendo R$ 3 milhões de recursos próprios e R$ 2 milhões oriundos de patrocínios.

No entanto, o custo total do evento chegou a praticamente R$ 6 milhões, o dobro do investido em 2015, que somou R$ 3 milhões, sendo o primeiro totalmente organizado e executado pela gestão do prefeito Francisco José Júnior. No ano passado, o Mossoró Cidade Junina não foi realizado pela Gondim e Garcia, mas sim pela empresa Ferdebez Produções.

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Em 2014, o secretário de cultura ainda era Gustavo Rosado e a festa já vinha sendo programada antes mesmo do prefeito Francisco José Júnior ser eleito.  Naquele ano, os valores gastos com o Cidade Junina totalizam aproximadamente R$ 4,7 milhões.

A redução dos valores da festa em 2015 (o evento foi realizado em 2015 com uma economia de R$ 1,7 milhão em relação ao ano anterior, última edição comandada pelo irmão da ex-prefeita Fafá Rosado) foi motivo de preocupação para Gustavo Rosado.

“Corroborando com os indícios de participação de GUSTAVO ROSADO na organização criminosa, as investigações constataram uma série de conversas em que o referido investigado demonstra preocupação com os valores praticados no MCJ/2015, tendo em vista o sobrepreço praticado nos anos anteriores (2013 e 2014), quando a empresa contratada foi a GONDIM & GARCIA”, destaca o Ministério Público.

Ainda segundo o MP , Gustavo Rosado e Tácio Garcia se revezavam no comando de uma organização criminosa que desviou mais de R$ 2 milhões entre 2013 e 2014, através de fraude em processo licitatório para direcionar a contratação em favor Gondim e Garcia e fixar valores previamente superfaturados.

“O quadro apontado pelo CAOP/Patrimônio somado às informações obtidas pelas Promotorias de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Mossoró, revelaram que existe uma antiga estrutura criminosa no âmbito da Prefeitura de Mossoró em favor da GONDIM & GARCIA Ltda., a fim de que esta “ganhasse” os contratos relacionados à promoção de shows e congêneres, com o posterior retorno para os agentes públicos de parte dos recursos pagos pelo erário à citada empresa”, aponta o MP.

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