20 SET 2024 | ATUALIZADO 11:16
MOSSORÓ
Cezar Alves
18/03/2016 16:12
Atualizado
13/12/2018 01:44

Promotor não descarta possibilidade de pedir a preventiva de Gustavo Rosado

Promotor de Justiça Fábio de Wermar Thé não descarta também a possibilidade de transformar a prisão provisória de 5 dias em preventiva dos empresários Tácio Garcia e Fátima Gondim
Cezar Alves

O promotor de Justiça Fábio de Weimar Thé, de Mossoró/RN, não descarta a possibilidade de pedir à Justiça a transformação da prisão provisória em prisão preventiva dos principais investigados na Operação Anarriê, no caso o ex-secretário Jerônimo Gustavo de Góis Rosado, e os empresários Tácio Sérgio Garcia de Oliveira e Maria de Fátima Oliveira Gondim Garcia.

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Os três, conforme o Ministério Público Estadual, teriam desviado só nos anos de 2013 e 2014 mais de R$ 2 milhões na realização do Mossoró Cidade Junina. Os dois eventos foram licitados e estavam sendo realizados sob o comando de Gustavo Rosado (foto à dir.), então secretário de Cultura da gestão da ex-prefeita Cláudia Regina.

Para os promotores, Gustavo Rosado juntamente com Tácio Garcia e Fátima Gondim, comandou o que eles classificaram como organização criminosa, que deixou um rombo milionário aos cofres da Prefeitura Municipal de Mossoró. Tácio Garcia e Fátima ganhavam a licitação, através da empresa Gondim & Garcia Produções, para fazer o Mossoró Cidade Junina desde 2005.

O único ano que não venceram foi em 2009 e mesmo assim foram subcontratados para fazer a festa. Além dos três, estão presos também Kássia Mayara Cavalcante, que era auxiliar dos empresários, e José Kleber Ferreira da Silva, auxiliar de Gustavo Rosado, que era tido por todos como prefeito de fato na gestão da ex-prefeita Fafá Rosado, sua irmã, quando ocupava o cargo de chefe de gabinete.

Tácio Garcia (foto à esq.) chegou a ser conduzido para a sede do Ministério Público Estadual, mas se sentiu mal e foi levado para o Hospital Wilson Rosado. Após avaliação médica, ficou definido por sua internação.

Na tarde desta sexta-feira, os familiares informaram que ele continuava internado. Os promotores disseram que vão interrogar ele quando tiver condições médicas. MOSSORÓ HOJE observou que existe uma escolta policial na porta do apartamento onde o empresário está internado. Os promotores disseram que vão interrogar o investigado quando ele apresentar condições médicas.

Gustavo Rosado e Kléber Ferreira foram levados para uma cela especial no Centro de Detenção Provisória, de Apodi. O advogado Olavo Hamilton ficou de conceder uma entrevista sobre a situação jurídica de Gustavo, porém não deu retorno. O diretor do CDP, Márcio Morais, confirmou às 18h desta sexta-feira, 18, que os dois continuam presos.

"Estão numa cela especial, mas como qualquer outro preso. Nâo tem regalias", diz o diretor Márcio Morais.

Gustavo e Kléber estão na mesma cela que já se encontra preso há mais de 40 dias o ex-presidente da Câmara de Apodi, João Evangelista, também preso por corrupção e por estar pressionando, usando do poder econômico e político, testemunhas a depor em seu favor.

Já com relação a Fátima Gondim e Kássia Mayara, as duas foram levadas para o Centro de Detenção Provisória Feminino dentro do Centro Penal Doutor Mário Negócio. No final da tarde desta sexta-feira, 17, os advogados tentaram transferir as duas para o II Batalhão de Polícia Militar, porém não deu certo. O juiz determinou que as duas ficassem numa cela especial.

Mayara e Maria de Fátima estão juntas numa mesma cela, separada das outras 50 presas da unidade. A diretora da unidade, Aurivaneide Lourenço, confirmou que não houve decisão judicial para colocar as duas em liberdade.  “Continuam custodiadas aqui nesta unidade”, disse.

Os promotores disseram em entrevista coletiva a imprensa nesta quinta-feira, 17, que na próxima semana começam as análises nos documentos e mídias digitais apreendidas na Operação Anarriê.

O delator

O sexto envolvido que teve a prisão provisória decretada, Riomar Mendes Rodrigues, deve iniciar ainda nesta segunda-feira, 21, os procedimentos para fazer a delação premiada. Na prática, Riomar Mendes se ofereceu e o Ministério Público sinalizou positivo para entregar como funcionava o esquema de corrupção dentro da Prefeitura de Mossoró. Com a oferta, a Justiça já determinou que Riomar Mendes fosse colocado em liberdade.

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