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MOSSORÓ
Da redação
21/03/2016 13:31
Atualizado
13/12/2018 01:45

?Nós que somos especiais porque temos ele?, diz pai de garoto com Down

No Dia Internacional da Síndrome de Down, familiares ressaltam o amor e cuidado que ajudam a superar o preconceito enfrentado por quem possui a alteração genética
Reprodução/Facebook Frederick Escóssia

Há três anos o empresário Frederick Escóssia recebeu a notícia de que seu filho nasceu com Síndrome de Down. O pequeno Davi fez e faz a alegria da família.

O pai afirma que de início foi uma surpresa, mas o amor por Davi superou as dificuldades encontradas no caminho. A rotina do menino é de uma criança como qualquer outra, necessitando de muito carinho, amor, mas de cuidados médicos especiais, explica Escóssia.

“Ele faz todas as atividades da escola, capoeira, por exemplo, sem dificuldades, mas precisa de cuidados médicos, como fonoaudiólogo”, relata.

Para Frederick, o principal problema enfrentado desde o nascimento do filho foi o medo por parte de algumas pessoas. “O medo das pessoas com o que é desconhecido, a gente mesmo tinha uma falsa impressão do que era o Síndrome de Down, pensamos que era um problema maior do que realmente era”, informa.

O empresário relata que antigamente os pais de crianças com a síndrome tentavam “escondê-las”, não as levando para shopping, por exemplo. Hoje, segundo ele, a realidade é bem diferente.

“Ainda hoje me lembro quando recebi a notícia e chorei. Para alguns o impacto dura muito, para mim durou apenas uma noite. Chorei e até hoje não entendi porque chorei. Nós que somos especiais porque temos ele”, destaca.

Frederick conta que ele busca educar o filho para o mundo, como uma forma de dar a ele independência. “Nós não criamos os filhos para nós e sim para mundo", conclui.

“Trouxe o verdadeiro amor para nossas vidas”. O relato é da estudante do curso de Letras Najara Pessoa, irmã de Daniel, de 19 anos.

Daniel faz natação, estuda na escola regular e também em uma unidade de ensino direcionada para as necessidades dele. Faz ainda tratamento com fonoaudióloga, psicopedagoga, aula de informática, brinquedoteca. “A agenda dele é cheia”, explica Najara.

Najara relata que quando Daniel nasceu não entendia direito o que era Síndrome de Down. Mas, ao longo do tempo a família aprendeu a lidar com a situação.

“Então comecei a entender o cuidado tão especial com ele. Minha família de início ficou surpresa com a notícia. Não sabia como cuidar dele. Foi muito difícil no início, teve preconceito...”, relata.

Passados os anos, a família entendeu que garoto é normal como qualquer outro, mas, de fato, é muito especial. “Mas de antemão digo que ele nos trouxe o verdadeiro amor para nossas vidas”, conta.

A universitária conta que o preconceito por parte de alguns familiares foi a pior parte. Mas, durou apenas alguns meses. Logo, todos se apaixonaram pelo Daniel.

“A força vem da família que recebeu ele com muito amor, Deus acima de tudo, e amor que temos por ele, é disso que vem nossa força e garra para vencer e ultrapassar qualquer situação. A família foi a base”, conclui.

(Foto: Cedida)

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