Teve início na tarde desta segunda-feira (28), mais uma ação de combate ao Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre Chikungunya e Zika vírus. Três carros fumacê estão percorrendo os bairros que possuem maior presença do vetor. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ação durará 20 dias em 1.209 quarteirões do Município.
No bairro Aeroporto, a chegada do carro fumacê foi motivo de comemoração para a dona de casa Antônia Francisca Medeiros, de 48 anos. Ela conta que duas pessoas ficaram doentes na sua casa e a ação de combate ao mosquito é sempre bem-vinda.
“Achei ótima essa iniciativa, antes tarde do que nunca. O surto estava grande, principalmente aqui no meu bairro. Aqui na minha casa, meu esposo e minha filha pegaram essa doença. A chegada do carro fumacê vai pelo menos amenizar a situação”, disse a dona de casa.
O pedreiro Francisco Paula de Lima acredita que com a circulação dos carros pela cidade o quadro atual irá melhorar. “Demorou um pouco, esperou o povo ficar doente, mas que pelo menos sirva para amenizar a situação que estava calamitosa”, disse ele.
O coordenador dos agentes de endemias, Sandro Elias, afirmou que todos os bairros escolhidos possuem um Índice de Infestação Predial (IIP) acima de 10%, considerado muito elevado. “Inicialmente, tivemos que priorizar o Aeroporto, Dom Jaime Câmara, Planalto 13 de Maio, Belo Horizonte e Sumaré que lideram o ranking de presença de larvas do mosquito”, afirmou, destacando que o Planalto lidera com 20% de IIP.
A população deve tomar alguns cuidados durante a passagem do veículo em suas ruas. Portas e janelas deverão ser abertas para que o inseticida tenha maior eficácia. Porém, animais de estimação, especialmente de pequeno porte, devem estar em locais seguros, que não permita exposição excessiva com o veneno. Além disso, os moradores devem evitar a exposição aos alimentos durante a passagem do fumacê, que passará sempre das 4h às 7h e das 16h às 19h.
A Secretaria ainda alerta que o uso do carro fumacê é uma ação emergencial, portanto a população deve manter os cuidados não evitar a proliferação do mosquisto Aedes aegypti. “Nós lembramos que a maior e melhor forma de prevenir o mosquito é feita pelos moradores, não permitindo recipientes que acumulem água parada, porque o inseticida não mata a larva, só o mata o mosquito que estiver voando e entrar em contato com o veneno e 80% das larvas estão nos domicílios”, conclui Karla Cartaxo, coordenadora da Unidade de Endermias.