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ESTADO
Da redação
29/03/2016 08:39
Atualizado
14/12/2018 07:13

Fiz tudo que estava ao meu alcance , diz Brito ao deixar Promotoria de Apodi/RN

Promotor responsável por operações como "Apóstolo" e "Pedra sobre Pedra" agora ocupará a Promotoria de Justiça de Martins, na região Serrana do Rio Grande do Norte
Cedida/Márcio Morais

O promotor de justiça Silvio Brito vai deixar a Promotoria de Justiça do Ministério Público Estadual da Comarca de Apodi, região Oeste potiguar. O anúncio foi feito pelo membro do MP na manhã desta terça-feira (29), através do Facebook.

Brito é responsável por operações importantes na região como a "Apóstolo", que prendeu o ex-presidente da Câmara de Apodi, João Evangelista, e "Ave de Rapina" que investigou desvios da Prefeitura de Felipe Guerra.

Em seu perfil na rede social, Brito destacou algumas ações ao longo dos quatro anos à frente da Promotoria e agradeceu aos parceiros no trabalho de investigação e colaboração nos procedimentos.

"Não é fácil ser Promotor de Justiça num país e numa terra infelizmente ainda carentes de justiça. Eu fiz tudo que estava a meu alcance, isso lhes garanto. Mas certamente ainda foi muito pouco diante do enorme desafio que estava posto", declara.

Silvio Brito será remanejado para a Comarca de Martins, na região Serrana do RN. Na texto, que ele denominou como "Carta de despedida", Brito destacou algumas operações desencadeadas por investigação da promotoria.

"Como é o caso da Operação "Folia", "Pedra sobre Pedra" e "Alcatéia", que desbarataram o tráfico de drogas na nossa comarca e nos permitiram aproximar a PM e a PRF da Promotoria de Justiça. Tivemos ainda, entre outras, as Operações "Ave de Rapina", "Folguedo", "Gato Molhado", "Cartão de Visitas" e "Apóstolo", que debelaram desde casos de corrupção até crimes ambientais".

Um dos trabalhos realizados pelo promotor que pode ser destacado é a reforma do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Apodi - que foi realizada pelos detentos da unidade.

Brito também se tornou pioneiro na região ao propor o consumo da carne de jumento como forma da retirada dos animais das ruas para colocá-los em um abrigo. Ao todo, foram cerca de 1.500 animais recolhidos das rovodias.

"Aqui em Apodi, posso dizer que me realizei profissionalmente. Não porque consegui fazer tudo que tinha para ser feito, mas porque lutei todo o tempo e, dentro de minhas possibilidades, superei alguns desafios. Foram mais de 2000 processos criminais e ações civis públicas, envolvendo desde simples brigas de vizinho até atuações complexas no Tribunal do Júri", conclui.

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