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ESTADO
Da redação
07/04/2016 10:07
Atualizado
12/12/2018 08:55

Movimento lançado em Assu cobra revitalização da Lagoa do Piató

Maior reservatório natural de água doce do Rio Grande do Norte está, mais uma vez, completamente vazio. Diante do quadro atual, um grupo de pessoas lançou o movimento "Lagoa Viva".
Ítalo Costa

A Lagoa do Piató, maior reservatório natural de água doce do Rio Grande do Norte, localizada no município de Assu, está, mais uma vez, completamente vazia.  Com capacidade para armazenar até 96.000.000 de metros cúbicos de água, Piató quando cheia se transforma em potencial fonte de riqueza do Município, da Região e do Estado, seja do ponto de vista econômico – com pescado, o apoio à agricultura e o turismo – no tocante ao ecossistema.  

Diante do atual cenário, percebendo a necessidade de unir forças, um grupo de pessoas ligadas aos movimentos sociais e instituições técnicas, inclusive universidades, idealizou e formou o movimento “Lagoa Viva”, cujo objetivo é discutir o quadro atual, os aspectos causais em geral, as possíveis soluções e as competências para a revitalização e conservação da Lagoa do Piató.

De acordo com o morador Francisco Lucas, ou Chico Lucas, conhecedor da história que envolve as comunidades do entorno do lago, essa é a terceira vez, em toda história, que a Lagoa seca.

A primeira reunião do “Lagoa Viva” ocorreu no último dia 1º, no Porto Piató, possivelmente a comunidade mais antiga e conhecida entre as demais que formam o anel da Lagoa. O encontro contou com participações de representantes da Prefeitura Municipal de Assu, Câmara de Vereadores, Assembleia Legislativa do RN, IGARN, SEMARH, Comitê de Bacia do Piancó/Piranhas/Açu e de algumas comunidades do perímetro local.

O movimento definiu, em sua primeira reunião, cinco pontos estratégicos a serem trabalhados: 1 – Resgate de estudos históricos inventarias realizados pelas universidades e outras instituições; 2 – Reativação da Associação de Usuárias de Águas da Lagoa do Piató; 3 – Desassoreamento do canal que abastece à Lagoa com água do Rio Açu; 4 – Restruturação do Sangradouro; e por último, 5 – Manter uma agenda permanente de reuniões e sensibilizar os moradores do entorno da Lagoa.

Para o professor Aldo Cardoso, um dos principais líderes do “Lagoa Viva”, o objetivo do grupo é também manter os meios de comunicação informados, despertando as autoridades constituídas, políticas e religiosas, os movimentos sociais e a sociedade em geral para a importância da Lagoa, “um dos maiores patrimônios da Região, em todos os aspectos”, frisou.

“Mesmo sendo um grupo autônomo, apolítico, não podemos deixar de conclamar os políticos do Assú, da Região e do Estado, inclusive a bancada federal. É um dever moral de todos nós a revitalização da Lagoa do Piató”, conclamou Aldo Cardoso.

Reforçando as palavras de Aldo, o presidente da Associação de Moradores do Porto Piató, Deoclécio, o Dequinha, relatou “que a Lagoa é como uma mãe, quando morre os filhos ficam todos órfãos. É o que está acontecendo hoje com os moradores do entorno da Lagoa, sejamos pescadores ou agricultores, estamos nos sentindo todos órfãos”, concluiu Dequinha.  

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