A Secretaria do Estado de Saúde Pública (SESAP) divulgou nesta terça-feira (12), que cerca de 88 municípios potiguares possuem alta incidência de dengue em 2016, o que corresponde a 52% dos municípios atingidos pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
De acordo com o Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD), os municípios com alta incidência são aqueles que notificaram mais de 300 casos da doença por 100.000 habitantes.
Os dados apontam ainda que há outros 41 (24,6%) municípios com média incidência, e 28 (16,8%) com baixa incidência, além de 10 (6%) que estão silenciosos, ou seja, não notificaram nenhum caso suspeito de dengue nesse período.
Os municípios de Natal, com 5.648 notificações, Guamaré (2.405), Parelhas (1.335) e Currais Novos com 1.333 lideram o ranking de notificações até a 12ª semana epimediológica do ano.
Quanto aos óbitos, o relatório mostra que a ocorrência de grande número no estado, caracterizando uma situação preocupante para a vigilância epidemiológica uma vez que o óbito por dengue é, em sua maioria, evitável.
No ano de 2015 foram notificados 13 óbitos e em 2016 são 81 óbitos, o que representa um aumento de 523% no número de óbitos notificados, destes, 2 para dengue grave, 3 descartados, e os demais em investigação.
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Os dados do último boletim epidemiológico apontam que no Rio Grande do Norte foram notificados 31.397 casos suspeitos de dengue em 2016, até o dia 4 de abril.
Os números representam uma incidência de 1.098,37/100.000 habitantes, um aumento considerável se comparada à incidência do mesmo período de 2015 que foi de 477,49/100 mil habitantes. Segundo os dados, 6,1% dos casos foram confirmados.
A SESAP indica a necessidade de sensibilizar os profissionais de saúde para a responsabilidade de notificarem todos os atendimentos que se enquadrarem na definição de caso suspeito para dengue definido pelo Ministério da Saúde.
"Toda pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo dengue ou que tenha a presença de Aedes Aegypti que apresente febre, usualmente entre 2 a 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantemas, mialgias, artralgia, cefaleia, dor retroorbital, petéquias ou prova do laço positiva e leucopenia”, recomenda o relatório.
Com informações da Assessoria/Sesap