16 SET 2024 | ATUALIZADO 15:02
NACIONAL
Da redação
05/05/2016 08:50
Atualizado
14/12/2018 10:08

PF investiga fraude em contratos de transporte escolar na Bahia

Prefeituras de três municípios baianos são alvos da Operação Imperador deflagrada na manhã desta quinta (05)
Agência Brasil

Três cidades do interior da Bahia foram alvos de 19 mandados a serem cumpridos pela Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União.

A Operação Imperador foi deflagrada no início da manhã desta quinta-feira (05) e os alvos são membros da administração pública municipal de Riacho de Santana, Rio de Contas e Guanambi, todos no Sudoeste baiano.

A operação é resultado de um inquérito policial de 2014, que investiga fraudes em contratos de transporte escolar entre o município e empresas criadas em nomes de “laranjas”. Ao todo foram três mandados de prisão preventiva, 11 mandados de busca e apreensão, e cinco mandados de medidas cautelares.

As investigações da Polícia Federal apontam que os verdadeiros beneficiários da verba pública federal destinada ao transporte escolar eram parentes, pessoas próximas e o próprio prefeito de Riacho de Santana, Tito Eugênio Cardoso de Castro, seu chefe de gabinete e um vereador da cidade. O esquema teria durado, de acordo com a PF, cerca de seis anos, entre 2009 e 2015.

A Controladoria Geral da União, que também atua nas investigações, relatou que entre 2009 e 2010 a empresa recebeu mais de R$ 3 milhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate).

As investigações indicam desvios de recursos, por conta de operações financeiras de altos valores, mesmo sem ligação com a atividade econômica da empresa criada.

Entre as medidas cautelares impostas pela justiça durante a operação, estão a suspensão do exercício da função pública, a suspensão de exercício de atividade econômica, a proibição de acessar as dependências da Prefeitura Municipal ou qualquer órgão público municipal de Riacho de Santana. Além disso, os envolvidos não poderão estabelecer nenhum tipo de contrato com o poder público.

A decisão de cumprir os mandados, disse a PF, veio de Brasília, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região e os investigados responderão pelas práticas dos crimes de responsabilidade, crime organizado, associação criminosa e peculato. A soma das penas pode chegar a mais de 30 anos de prisão.

O nome do prefeito de Riacho de Santana, Tito Eugênio Cardoso de Castro, inspirou o nome da Operação Imperador, já que o investigado tem o mesmo nome de dois imperadores romanos: Tito foi um dos governantes de Roma e Eugênio era conhecido como O Usurpador do Império Romano.

Com informações da Agência Brasil

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