16 SET 2024 | ATUALIZADO 15:02
NACIONAL
Da redação
09/05/2016 13:01
Atualizado
14/12/2018 10:16

Imprensa mundial repercute suspensão do processo de impeachment

A anulação da sessão da Câmara dos Deputados, que decidiu pela aceitação do processo de impeachment, voltou a balançar o cenário político do país, e foi repercutida pela imprensa mundial.
Planalto

A anulação da sessão da Câmara dos Deputados, que decidiu pela aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, pegou todos os brasileiros de surpresa, voltou a balançar o cenário político do país e foi repercutida por todos os principais jornais do mundo.

Para o jornal americano The New York Times, em sua edição online, "a decisão causa um tumulto ainda maior em meio à luta pelo poder no maior país latino-americano". Qualificando o atual presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), como obscuro, o NYT diz que ele "atordoou o país com essa decisão, apenas dois dias antes que o Senado votasse por afastar a presidente de seu gabinete".

"Caos" é a palavra usada pelo The Guardian para definir o Congresso Nacional, em um momento em que oposição e situação devem brigar pela validade da decisão do presidente da Câmara. O jornal britânico brinca novamente com a comparação entre a política brasileira e o seriado "House of Cards". Para ele, o último acontecimento foi uma virada que abalaria a credibilidade do enredo da Netflix.

O espanhol El País conta que o governo já dava por certo o afastamento da presidente, antes dessa surpresa. A publicação lembra ainda que, mesmo sendo aliado de Eduardo Cunha, afastado da Presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal, Waldir Maranhão votou contra o processo de impeachment.

A posição foi influenciada pelo governador de seu estado, Flávio Dino, definido pelo jornal como "fiel escudeiro de Dilma Rousseff".

Para o Wall Street Journal, essa notícia chega "em um já tumultuado processo, no qual era esperado ver Dilma suspensa ainda nesta semana". Segundo o jornal americano, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, foi quem orquestrou o processo de impeachment da presidente Dilma.

O texto lembra ainda que Waldir Maranhão é investigado por propinas em esquema de corrupção, assim como Eduardo Cunha.

Já a rede CNN, em sua edição em espanhol, adjetivou o acontecido desta segunda-feira no Brasil como "uma verdadeira bomba" no cenário político brasileiro e que esse ato pode trazer consequências trágicas para o já caótica crise política-econômica que atinge o país.

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