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NACIONAL
Da redação
19/05/2016 19:22
Atualizado
12/12/2018 09:00

Renan e Jorge Viana visitam Dilma e ficam retidos em barreira no Jaburu

De acordo com a assessoria de Renan, a visita ocorreu a pedido da presidenta e foi um "encontro institucional", o primeiro depois que Dilma foi afastada.
Marcelo Camargo / Agência Brasil

O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), visitou nesta quinta-feira (19) a presidenta afastada Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada. De acordo com a assessoria de Renan, a visita ocorreu a pedido da presidenta e foi um "encontro institucional" – o primeiro depois que Dilma foi afastada da Presidência da República.

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), acompanhou Renan no encontro e se queixou, na tribuna do Senado, de que ambos foram retidos em uma barreira militar nas proximidades do Palácio do Jaburu, onde o presidente interino Michel Temer mora e que fica no caminho do Palácio da Alvorada.

Viana fez um “apelo” para que as autoridades garantam as visitas à Dilma e disse ter achado “muito estranho” que, mesmo após identificados como senadores, os dois tenham tido de aguardar que um militar obtivesse autorização superior para permitir a passagem deles à residência da presidenta afastada.

“Estou dizendo que acabei de fazer uma visita à presidenta Dilma. Estava com o presidente do Congresso Nacional e tivemos de nos identificar, esperar um bom tempo para que telefonemas fossem dados, para que ligações fossem feitas para ver se podíamos passar para uma simples visita à presidenta Dilma. Isso significa que a presidenta eleita está sitiada? [...] Faço um apelo ao presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, para que ele questione as autoridades instaladas provisoriamente no Palácio do Planalto se isso é legal”, disse o senador petista da tribuna.

Viana informou que foi retido por duas vezes em três dias na mesma barreira. “O Brasil nunca tinha experimentado cumprir essa Lei do Impeachment. São dois presidentes na mesma rua: um provisório, que pode fazer tudo, mudar tudo, demitir todos e tudo; e a presidente afastada, que veio das urnas, não pode sequer receber uma visita”, afirmou Jorge Viana.

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) esclareceu à Agência Brasil que a barreira faz parte de um protocolo de segurança dos dois presidentes. Segundo a assessoria do GSI, ela foi colocada pela primeira vez em 13 de março, de modo a proteger a presidenta Dilma no dia de uma grande manifestação. Depois disso, foi retirada e recolocada várias vezes e está em funcionamento.

O GSI informou ainda que a assessoria de Dilma repassa uma lista com nomes das visitas previstas no dia e todas têm passagem liberada após a devida identificação e checagem do nome.

Em caso de visitas eventuais, que não constem da lista, os militares que atuam na barreira telefonam para a assessoria do Alvorada e checam se há permissão para que a pessoa siga. Em caso positivo, o visitante é imediatamente liberado, acrescentou a assessoria da GSI.

A assessoria da presidenta afastada não se manifestou.

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