15 MAI 2024 | ATUALIZADO 23:16
POLÍCIA
Da redação
24/05/2016 16:00
Atualizado
26/05/2016 19:46

MPF em Mossoró aguarda desfecho da Operação Salt

Procurador da República Emanuel de Melo revelou que processo envolvendo sonegação de mais de R$ 500 milhões das empresas de Edvaldo Fagundes aguarda apenas sentença da 8ª Vara Federal
Valéria Lima

O Ministério Público Federal (MPF) em Mossoró aguarda a sentença que definirá a penalidade para cada um dos envolvidos na Operação Salt, que tem como alvo o empresário Edvaldo Fagundes e familiares, que teriam sonegado, por meio de um grande emaranhado de empresas, muitas delas de “fachada”, mais de R$ 500 milhões.

Em abril do ano passado, durante a terceira fase da Operação, foram cumpridos mandados de prisão preventiva de um total de 20 pessoas envolvidas no esquema. Atualmente, o processo encontra-se na 8ª vara federal, aguardando apenas a sentença que deve ser proferida pelo juiz Orlan Donato Rocha.

Edvaldo Fagundes de Albuquerque e o filho Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque chegaram a se ser considerados foragidos, se entregando à Polícia Federal na manhã do dia 20 de abril. Na madrugada do dia 21, o empresário, a mulher dele, os quatro filhos, os três gerentes e o contador das empresas da família foram soltos, por decisão do desembargador Paulo Machado Cordeiro, do Tribunal Regional Federal de Recife.

“A ‘Salt’ foi a grande operação que desenvolvemos em Mossoró recentemente, o maior caso penal que o MPF já atuou na cidade. Estamos esperando a decisão judicial de como o caso será encerrado”, afirmou o procurador da República Emanuel de Melo Ferreira.

O procurador conversou com a equipe do MOSSORÓ HOJE durante o lançamento da nova sede do MPF na cidade, instalada na Avenida Jorge Coelho de Andrade, Costa e Silva, no chamado Complexo Judiciário.

A Operação Salt teve sua primeira fase deflagrada em dezembro de 2013. Na época, o MPF informou que Edvaldo Fagundes e seus familiares criavam empresas nos ramos da carcinicultura, tecelagem, salineiro, venda de veículos e combustível, encabeçadas pelos chamados "laranjas", para o fim de sonegar tributos e promover a lavagem do dinheiro.  O rombo, no período, chegava aos R$ 400 milhões. 

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Em março de 2015 a Polícia Federal desencadeou a segunda fase da Operação. Nesta etapa, policiais federais, Ministério Público Federal, Receita Federal e Técnicos do Tesouro Nacional constataram que o empresário Edvaldo Fagundes e seus familiares continuavam praticando crimes de sonegação fiscal.

Desta vez a PF comprovou que ele comprou máquinas industriais nos Emirados Árabes e declarou à Receita Federal um valor subfaturado, pagando assim menos impostos do que o devido. Nesta operação, 15 policiais apreenderam grande quantidade de documentos na sede das empresas de Edvaldo Fagundes, mulher e filhos.

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