O promotor de justiça Armando Lúcio Ribeiro, auxiliado pelo advogado Gilmar Fernandes, pediu a condenação do réu Fernando Pereira de Melo, de 25 anos, por homicídio duplamente qualificado, onde a vítima foi o empresário Genildo Figueiredo de Sá, Genildo do Sal, crime este ocorrido no dia 5 de dezembro de 2011 no bairro Santo Antônio, em Mossoró/RN.
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O julgamento começou às 10h, com o sorteio dos sete membros do Conselho de Sentença, formado. Em seu depoimento, Fernando Pereira confessa que participou do assassinato do empresário Genildo do Sal pilotando a moto, porém apresentou a desculpa de que não sabia que seu comparsa Tiago Alexandre Rodrigues, o Peroba, ia cometer um assassinato.
Após o crime, o delegado Cleiton Pinho, de Mossoró, conseguiu elementos para chegar aos suspeitos Fernando e Peroba. Os dois foram presos. Peroba fugiu. Fernando confessou o crime. Colaborou com a investigação policial, apontando o nome do seu comparsa. Disse que foi chamado para ir na casa de um amigo e no caminho Peroba pediu para parar.
E nesta ocasião, Peroba desceu da moto, se aproximou do carro de Genildo, que estava com o filho de seis anos, e efetuou três ou quatro disparos a queima roupa. O empresário ainda foi socorrido para a UPA do Bairro Santo Antônio, porém não resistiu aos ferimentos. Fernando disse que Peroba retornou para a moto e fugiram para sua casa.
A versão não convenceu. O Ministério Público Estadual e seus assistentes seguraram tese de que Fernando sabia que Peroba tinha a intenção de matar Genildo do Sal e assim executaram a ação deliberadamente sem chance de defesa da vítima. No caso do Conselho de Sentença aceitar a tese da promotoria, o réu pode pegar até 30 anos de prisão.
Entretanto, a defesa alega que Fernando não sabia que Peroba ia matar Genildo e, portanto, pede absolvição do réu. Ou, que pelo menos, seja condenado por homicídio simples. Caso o Conselho de Sentença acate esta tese, o réu pode ser absolvido ou condenado a pena de até 6 anos e sair da prisão, considerando que já está preso há mais de três anos pelo crime.
Familiares e amigos do empresário Genildo do Sal estão acompanhando o julgamento.