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SAÚDE
Da redação
27/04/2015 07:20
Atualizado
14/12/2018 05:13

Caso Roberto do Detran: TJP absolve acusado de intermediar contratação do pistoleiro

José Ancarlos de Oliveira foi denunciado pelo MP como sendo a pessoa que intermediou a contratação do pistoleiro Neto Galego ou Mago Neto para matar o despachante do Detran, em 2002
Cezar Alves

A Justiça de Mossoró está escrevendo mais um capítulo do caso Roberto do Detran, assassinado com um tiro na nuca na frente da namorada às 19h30 do dia 28 de dezembro de 2002 na Pizzaria Forno a Lenha, no bairro Nova Betânia, em Mossoró/RN.

Foi julgado e absolvido nesta segunda-feira, 27, em Mossoró, o pintor José Ancarlos de Oliveira, de 46 anos, acusado pelo Ministério Público Estadual de intermediar a contratação do pistoleiro Francisco Benício Filho, o Neto Galego ou Mago Neto, para matar Roberto Nunes de Freitas Sousa.

Em depoimento no TJP, José Ancarlos negou O CRIME.

O promotor de Justiça Armando Lúcio Ribeiro disse que além do pintor, outras sete pessoas participaram direto e indiretamente da execução de Roberto do Detran. No caso de Ancarlos de Oliveira, a participação foi indireta e a punição judicial é conforme for decidir o TJP hoje.

Envolvidos na morte de Roberto do Detran são:

Alex Bandeira Alves - Contratante (assassinado ano passado em Grossos)

Máspole Alves Bandeira - Contratante

Cristian Bandeira Alves - Contratante

Kelson de Oliveira Santana – Emprestou carro para dá fuga ao pistoleiro de Mossoró

Erickson Azevedo de Vasconcelos – Emprestou a moto usada na execução

Francisco Benício Filho, Neto de Galego – Pistoleiro que executou a vítima (assassinado)

José Ancarlos de Oliveira – Teria intermediado a contratação do pistoleiro

A pessoa que teria pilotado a moto para Neto de Galego fugir do local do crime não foi estána denúncia do Ministério Público Estadual.

A execução de Roberto do Detran foi antecedida de outro crime igualmente bárbaro. Aglaide Bandeira Alves, mãe de Alex, Máspole e Cristian, foi assassinada dentro de um motel onde era proprietária junto com os filhos perto do Abolição III, no dia 25 de novembro de 2002.

O alvo dos atiradores seria Alex Bandeira, que teria se articulado para matar Roberto do Detran antes que os pistoleiros cumprissem a missão. Roberto do Detran foi morto às 19h30 do dia 28 de dezembro de 2002 quando jantava com a namorada.

O crime

O Ministério Público Estadual relata que os três irmãos, por intermédio de Ancarlo Oliveira, contrataram o pistoleiro Neto Galego ou Mato Neto por R$ 4 mil. Para executar a vítima, foram usados uma moto emprestada por Erickson e um carro emprestado por Kelson.

A moto teria sido usada por Neto Galego e um comparsa para se aproximar do alvo e atirar friamente na nuca da vítima. Após o crime, a dupla se afastou do local na moto. Já nas imediações do Cemitério São Sebastião, passaram para o carro de Kelson.

O caso foi descoberto. O pistoleiro foi preso e reconhecido devido a uma tatuagem na mão.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos. Alex Bandeira e Ancarlos Oliveira fugiram. No julgamento de Neto Galego, Alex Bandeira se apresentou no plenário e assumiu ter cometido o crime sozinho, pedindo para ser punido como autor do crime.

Absolvido pelo TJP, Neto Galego terminou sendo assassinado na Paraíba. Ancarlos Oliveira, que também responde por crime em Florânia, fugiu para o Pernambuco. Alex Bandeira, depois de vários adiamentos, sentou no banco dos réus no dia 29 de novembro de 2013.

Foi condenado a 12 anos de prisão. Como já tinha cumprido parte da pena e era preso de bom comportamento, conseguiu liberdade provisória e terminou sendo assassinado no dia 24 de julho de 2014 na cidade de Grossos, onde estava morando e trabalhando.

Ancarlos Oliveira foi localizado pela Policia em Petrolina, no Estado do Pernambuco, e preso. Usava documentos falsos e responde por este crime. Foi descoberto e enviado para ser julgado se tem culpa ou não na participação do despachante Roberto do Detran em Mossoró.

O julgamento

O juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros abriu os trabalhos às 8h30. Fez o sorteio do Conselho de Sentença e iniciou o interrogatório do réu a pedido dele. Em seguida, o promotor Armando Lúcio Ribeiro pediu a condenação do réu por homicídio qualificado. O advogado de defesa, José Wellington Diógenes, defendeu tese de absolvição, alegando que seu cliente não teve qualquer envolvimento com a morte de Roberto do Detran.

O resultado do julgamento saiu por volta das 11h30. O Conselho de Sentença entendeu que José Ancarlos de Oliveira não teve envolvimento na morte de Roberto do Detran e o absolveu.

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