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Retratos do Oeste
18/03/2015 05:03
Atualizado
14/12/2018 08:53

Rebeliões são consequencias de anos de descasos dos governos

Preso refém que escapou de ser morto no CPAMN em Mossoró conta como começou e quem determinou o quebra quebra nos presídios no RN,assim como revela a razão

Ainda não está bem definido porque os presos do Rio Grande do Norte filiados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) querem a demissão de Dinorá Simas do comando de Alcaçuz.

E esta tem sido uma reinvindicação geral. A ordem do comando do PCC é quebrar tudo dentro e fora dos presídios até que a diretora de Alcaçuz Dinorá Simas seja demitida.

E o governador Robinson Faria e a secretária de Segurança Pública e Defesa Social Kaline Leite já deixaram claro que não negociam com bandido e de fato não estão negociando.

Pelo contrário, convocaram o reforço de mais de 200 homens da Força Nacional e os policiais de folga se juntaram aos que estão trabalhando para conter possíveis ataques.

Dentro dos presídios, ao invés de acontecer recuo dos agentes penitenciários, aconteceu o contrário. Os agentes se uniram e reforçaram os plantões entre eles.

E graças a esta união, que em Mossoró, o motim não terminou em morte. Os policiais invadiram o pavilhão que os presos estavam destruindo e renderam todos.

Na Cadeia Pública, o cenário foi ainda mais tranquilo. Momento que os presos tentaram começar a rebelião, os policiais e os agentes avançaram com força e acabaram.

No Centro Penal Agrícola Doutor Mário Negócio, os presos destruíram celas, arrancaram grades e atearam fogo em colchões e tentaram matar quatro presos.

Na Grande Natal, os motins foram 6 pontos distintos. O mais grave foram os ataques a ônibus, que a Secretaria Estadual de Segurança investiga se foi ordem dos presídios.

Em Caraúbas, tentaram começar, porém ao que parece desistiram ou os agentes seguraram.

Em Caicó, no Presídio Estadual do Seridó, os presos queimaram colchões e fizeram baderna, também controlado pelos agentes e pela Policia Militar.

Ainda em Caicó, menores estão fazendo dois educadores dentro do CEDUC reféns desde ontem. As negociações para se resolver recomeçam às 9h desta quarta-feira, 18.

Veja mais: Polícia Militar libera reféns do Ceduc de Caicó

Apesar do clima tenso que começou segunda-feira, 16, nesta quarta-feira, o quadro já é de princípio de normalidade. As escolas e ônibus já cogitam em retomar a normalidade.

Enquanto os presos do restante do Estado se preparam para fazer rebeliões, os presos de Apodi fazem orações, tocam violão e se reforçam na ideia da ressocialização.

Não existe registro de motins em Pau dos Ferros, Assu, Macau, Patu, entre outras cidades menores como Alexandria, Jucurutu, Alto do Rodrigues, Angicos e etc.

O Governo do Rio Grande do Norte informou que existe mais de 7,7 mil presos no sistema, que só tem vaga para menos de 3,6 mil e assim mesmo muitas destas vagas improvisadas.

Também existem menos agentes penitenciários que deveria haver e a estrutura é tão precária, que dispensa comentários. No CPAMN, o cenário é imundo e de deterioração.

Apesar da aparente tranquilidade, o clima ainda é muito tenso.

O caos no sistema penitenciário do RN é o reflexo do desprezo do poder público com o setor. Há muito tempo que o juiz Henrique Baltazar vem alertando deste cenário de horror.

Porém, por exemplo, no governo Rosalba dezenas de milhões enviados pelo Governo Federal para fazer presídios, retornaram por falta de projetos e recursos para contra partida.

O governo nesta época irresponsavelmente optou por gastar os recursos da arrecadação própria fazendo estradas, cercas, contornos, acessos, ao invés de reestruturar as delegacias, ITEP, Hospitais e reforçar o sistema prisional do Rio Grande do Norte.

Daí o cenário de caos!

 

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