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Retratos do Oeste
18/03/2015 21:46
Atualizado
13/12/2018 08:38

Seu Antônio: não aceita ajuda e reclama que está ao léu

Alguns esclarecimentos a respeito da desocupção por determinação judicial de uma área de alto risco da Chesf

Nesta quarta-feira, 18, comecei a ver com cuidado a desocupação da área invadia no Conjunto Wilson Rosado. Descobrir algumas questões que precisam ser esclarecidas as famílias que estão sendo despejadas.

Primeiro: invadiram uma propriedade da Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) e, pior, uma área de alto risco devido aos cabos de alta tensão.

Segundo: O processo começou em 2006 e terminou com uma decisão necessária, urgente: terão que sair imediatamente. A Justiça acertou em cheio na decisão.

Até mesmo porque que Deus nos livre de aconteça de um cabo de alta tensão cair e matar várias pessoas, a Chesf vai ser acionada por ter permitido as invasões.

Ampliando a questão: o Ministério Público Estadual, por sua vez, que hoje deu parecer positivo no processo para retirar as pessoas da área de risco, vai ser taxado de omisso.

Os invasores da área de risco alegam que chegaram ao local há 20 anos, ou seja, mais uma razão para ter saído do local para uma casa com escritura, sair da área de risco.

Tiveram 20 anos para sair do local e ir morar num local seguro. Todos eles disseram que foram avisados pela Chesf que o terreno eram invasores e que a área era de risco. Eram cientes.

Quantos conjuntos não foram feitos pela Prefeitura e Governo Estado durante estes 20 anos em todas as regiões Mossoró? Será que estas pessoas não tiveram acesso a nenhuma destas casas?

Quem são estas pessoas???

O Seu Antônio Francisco de Oliveira, de 54 anos, disse que não ia ficar no CRAS, apesar do vereador Genivan Vale garantir a ele que o Cras tem ótimas instalações. "Estou ao léu", diz Seu Antônio Francisco.

Porque Seu Antônio Francisco não aceita ajuda e reclama que não tem ajuda?

Os outros moradores que não tinham recursos para alugar casas para morar, estão satisfeitos no CRAS, aguardando para ganhar uma casa no conjunto que será construído perto.

Terceiro: é muito estranho o fato de o sujeito invadir uma propriedade privada (crime), área de alto risco, 20 anos depois fica sem ter onde morar e culpa a Prefeitura.

O mesmo raciocínio se aplica as pessoas que constrói suas casas dentro dos rios ou em encostas. Um dia desaba e esta pessoa não terá razão nenhuma para reclamar da Prefeitura.

Quarto: o atual prefeito de Mossoró não é nem parte no processo de reintegração de posse. Ao contrário do que ensinaram algumas familias no local, não é inimigo e nem monstro. Pelo contrário, está cumprindo seu dever de gestor público de buscar uma solução, como fez em tantos outros problemas até mais graves já resolvidos em Mossoró.

Notas

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